19 agosto 2025

PM não pode ser fábrica de punir, tem que pensar igual a PC

A condução de processos dentro da Justiça Militar segue sendo um dos temas mais polêmicos entre agentes de segurança, veteranos e pensionistas. A ausência de protocolos claros gera questionamentos e, muitas vezes, a sensação de que o destino do militar investigado depende mais da postura do comandante de plantão do que de regras previamente condicionadas. Para muitos policiais, isso transforma o PPJM — hoje renomeado PMJD — em uma verdadeira “fábrica de poder”, capaz de decidir de forma desigual sobre casos semelhantes.

Na prática, isso significa que a mesma ocorrência pode ser tratada de formas completamente diferentes, variando de acordo com o oficial responsável. Casos simples, como atraso ou apresentação em serviço com barba por fazer, podem ser encarados como mera orientação em um batalhão e como motivo para abertura do Inquérito Policial Militar (IPM) em outro. Essa disparidade não apenas fragiliza a confiança na instituição, como também gera insegurança entre os profissionais da ativa e da reserva.




Um exemplo citado nos debates do Canal Segurança e Defesa TV é a comparação com os casos de colisões de viatura: enquanto em certos batalhões civis a ocorrência é “resolvida internamente”, a Polícia Militar muitas vezes abre-se IPM de imediato, criando um peso administrativo e psicológico muito maior sobre o agente. Isso escancara a diferença de critérios entre as instituições, apesar de todas estarem sob a mesma Secretaria de Segurança.

Outro ponto levantado é a rigidez do militarismo, vista por muitos como “engessada”. Enquanto o policial militar é cobrado por cumprir ordens de risco, mesmo em detalhes mínimos, o policial civil tem maior margem de flexibilidade para executar sua função sem perder de vista o resultado prático. Essa cobrança extrema muitas vezes leva a processos internos por condutas banais, afastando recursos que poderiam ser dedicados a situações de maior relevância operacional.

A discussão também expõe o medo de represálias. Policiais relatam que, mesmo quando são vítimas de muitas punições injustas, evitam recorrer à Corregedoria ou à Justiça externa para não sofrerem perseguições veladas dentro da própria instituição. Essa realidade, infelizmente, leva muitos a aceitarem esperanças em silêncio, ainda que injustas, para preservar minimamente a carreira e a tranquilidade dentro do batalhão.

No canal do YouTube Segurança e Defesa TV, esse tema tem gerado grande volume de comentários e relatos pessoais. São histórias que revelam desde injustiças em pequenos procedimentos até IPMs que mudaram o rumo de carreiras inteiras. Por isso, deixamos aqui o convite: compartilhe sua experiência nos comentários, participe com perguntas e opiniões, e fortaleça esse espaço de debate. Quanto mais vozes se unirem, maior será a pressão por mudanças benéficas para os agentes de segurança pública e seus familiares.





SIGA-NOS EM NOSSAS REDES SOCIAIS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

PM não pode ser fábrica de punir, tem que pensar igual a PC

A condução de processos dentro da Justiça Militar segue sendo um dos temas mais polêmicos entre agentes de segurança, veteranos e pensionist...