29 maio 2025

Comissão Nacional vai fiscalizar Lei Orgânica das Polícias Estaduais

Se você é Policial Militar, Civil ou faz parte do glorioso Corpo de Bombeiros, atenção máxima: o SDTV Podcast traz um informe de missão sobre a Lei Orgânica Nacional que impacta diretamente o seu serviço e seus direitos.

O Deputado Federal Capitão Augusto não está satisfeito com a situação atual. Em entrevista ao nosso canal, ele já havia alertado que criaria uma comissão de fiscalização para cobrar o cumprimento das novas leis por parte dos estados. Agora, a promessa virou operação. O capitão mandou um recado firme para todos os operadores da segurança estadual.

A bronca é séria: segundo o parlamentar, quase nenhum estado está aplicando integralmente os direitos garantidos pelas Leis Orgânicas da PM, BM e Polícia Civil. Por isso, foi oficialmente criada, no âmbito da Comissão de Segurança Pública da Câmara, uma subcomissão especial para fiscalizar a Lei 14.751/2023 (PM e BM) e a Lei 14.735/2023 (PC).


Essa subcomissão vai atuar nos 26 estados e no Distrito Federal, organizando relatórios estaduais com apoio de policiais da base. A ideia é montar um relatório nacional consolidado, apontando o que está sendo cumprido e o que está sendo negligenciado — com nomes, prazos e responsabilidades.

A bancada da segurança pública no Congresso está de olho nas ações e omissões de comandantes-gerais, governadores e chefes de polícia. Esses são os responsáveis diretos pela aplicação das leis: permutas, cessões, direitos e condições de trabalho não podem continuar sendo ignorados como se fossem opcionais.

E aí, guerreiro: essa comissão vai mesmo virar o jogo? Vai resolver o drama das permutas, cessões e escalas? Vai garantir as melhorias que a Polícia Civil tanto cobra sobre jornada e estrutura? Comenta aí — sua opinião fortalece o debate.

Se no seu estado a lei não está sendo cumprida, não fica no silêncio. Fala com a gente pelo WhatsApp do podcast (link na descrição). Sua denúncia pode ganhar voz aqui no canal e ajudar outros irmãos de farda.


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Brigada Militar na mira do MP: Concurso da PM é barrado pela justiça

Para integrar as fileiras das instituições militares, seja na esfera federal ou estadual, a regra é clara: obedecer à lei. Nenhum comando pode agir ao sabor da própria vontade — muito menos coronéis tentando reinventar a estrutura hierárquica. O que vale é o que está previsto em norma. E no caso recente da Brigada Militar do Rio Grande do Sul, a tentativa de burlar a legislação custou caro.

O Ministério Público Estadual ajuizou uma ação civil pública para suspender o concurso público da Brigada Militar previsto para 2025. O motivo? O edital previa ingresso direto ao posto de capitão, algo completamente fora da linha hierárquica estabelecida na Lei Orgânica Nacional das Polícias e dos Bombeiros Militares (Lei 14.751/2023). A lei é clara: o ingresso se dá no posto de cadete, com progressão subsequente, conforme carreira.

Além da ilegalidade apontada pelo MP, há um agravante financeiro: o impacto econômico aos cofres públicos do estado. Enquanto o salário de um cadete é condizente com a formação inicial, um capitão já recebe mais de R$ 21 mil, valor incompatível para quem está apenas ingressando na corporação. Ou seja, seria um custo indevido e injustificável para o erário público.

Essa situação levanta um ponto essencial para as tropas: a legalidade e a isonomia. Não é admissível que se burle uma legislação recém-aprovada que visa unificar critérios em todas as polícias e bombeiros militares do país. A tentativa de furar fila na hierarquia fere não apenas a lei, mas o princípio da equidade entre os militares estaduais.

O Judiciário agiu rápido. A 7ª Vara da Fazenda Pública do RS concedeu liminar suspendendo o concurso até o julgamento definitivo da ação. A decisão reforça que ninguém está acima da lei, nem mesmo comandos gerais que, por vezes, ignoram a legislação federal sob pretextos administrativos ou políticos.

Houve articulações com entidades representativas da Brigada Militar, além de tentativas de negociação política, mas nenhuma foi suficiente para convencer o MP de que a prática estava correta. O recado é direto: quem quer comandar, precisa obedecer. Não se pode permitir distorções que prejudiquem tanto a estrutura institucional quanto os profissionais que cumprem com rigor seu dever.

A carreira militar tem um caminho bem definido: soldado, cabo, sargento, subtenente, cadete, tenente, capitão... e assim por diante. É assim que se garante disciplina e respeito à hierarquia. E qualquer tentativa de "atalho" precisa ser combatida com firmeza.

Continue acompanhando o SDTV Podcast para mais análises sobre segurança pública, leis militares e atualizações quentes que impactam diretamente a vida da tropa. Se você tem algo a relatar do seu estado, fale com a gente — o canal é feito por e para policiais.


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Atenção tropa: prisão preventiva não supende salário

SDTV Podcast, comandado por Rodney Idankas, aborda uma questão sensível que afeta diretamente os profissionais da segurança pública: a possibilidade de suspensão ou corte de salários de policiais presos preventivamente, sem condenação judicial. O apresentador, destaca que isso acontece em várias regiões do Brasil, atingindo não só policiais militares, mas também guardas civis municipais e outros agentes de segurança pública.

O Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifestou sobre o tema, revertendo decisões do Estado de São Paulo e da Justiça Estadual que suspenderam os vencimentos de um policial militar preso preventivamente, acusado de homicídio. Segundo o ministro André Mendonça, relator do caso, enquanto não houver sentença condenatória definitiva, deve prevalecer a presunção de inocência, um dos pilares do Estado Democrático de Direito.


A decisão reforça que a prisão preventiva, por si só, não pode justificar a suspensão de salários de servidores concursados. Cortar a remuneração nessa fase processual é interpretado como punição antecipada, o que afronta o princípio da dignidade da pessoa humana e o devido processo legal. Assim, até o trânsito em julgado da sentença, o servidor deve manter seus direitos básicos assegurados.

Esse posicionamento do STF vale para todas as categorias da segurança pública: policiais civis, militares, penais, científicos, guardas civis municipais e demais agentes submetidos ao processo penal. A decisão serve como marco jurídico que protege o servidor contra sanções indevidas antes do fim do julgamento.

Por fim, o vídeo é um alerta direto e claro para a tropa: mesmo na adversidade, o policial não está desamparado. A Constituição e o STF asseguram que o soldado da lei, até prova em contrário, é inocente — e, portanto, deve continuar recebendo seu pagamento enquanto responde à Justiça.



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23 maio 2025

Vai ter dinheiro para os Policiais e Militares se aposentarem?

O artigo “Os Comensais da Previdência”, de Alexandre Sarquis, conselheiro substituto do TCE-SP, propõe uma reflexão profunda sobre a sustentabilidade e os desafios do sistema previdenciário brasileiro, com especial atenção ao contexto dos servidores públicos e militares do Estado de São Paulo. 

Sarquis utiliza referências literárias, como Machado de Assis e Rui Barbosa, para ilustrar a necessidade de maturidade e responsabilidade intergeracional nas decisões previdenciárias, destacando que as escolhas feitas hoje impactarão diretamente as futuras gerações — que, em última análise, seremos nós mesmos, reiterados no tempo.


Sarquis critica a lógica política de curto prazo predominante no Brasil, em que decisões relevantes são pautadas pelo ciclo eleitoral de quatro anos, o que frequentemente resulta em medidas que priorizam o bem-estar imediato em detrimento da saúde financeira futura dos regimes de previdência. Ele contesta a ideia, comum em certos círculos econômicos, de que destinar recursos à previdência social prejudica investimentos, argumentando que tal alocação representa, na verdade, uma forma de poupança pública que, se bem administrada, pode fomentar investimentos sustentáveis.

O conselheiro destaca ainda os diversos mecanismos que contribuem para o desequilíbrio financeiro e atuarial dos regimes próprios de previdência, como a concessão de benefícios sem a devida fonte de custeio, a flexibilização de regras para aposentadorias mais vantajosas e a adoção de práticas que postergam a responsabilidade fiscal para gerações futuras. 

No caso específico dos militares do Estado de São Paulo, Sarquis ressalta que as regras de aposentadoria frequentemente são objeto de discussões e ajustes, muitas vezes sem o devido respaldo financeiro, o que agrava o risco de colapso do sistema.

No contexto dos militares paulistas, é importante observar que o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) dos servidores estaduais, incluindo os militares, exige equilíbrio financeiro e atuarial, conforme determinações constitucionais e normativas específicas. A legislação estadual fixa limites e critérios para concessão de aposentadorias e pensões, mas a pressão por benefícios mais generosos e transições suaves — especialmente em períodos de reforma previdenciária — tende a tensionar ainda mais o sistema.

As decisões recentes do TCU reforçam o direito de contagem do tempo de serviço militar para fins de aposentadoria, ampliando o universo de beneficiários e, potencialmente, o passivo atuarial do Estado.

Sarquis enfatiza que a atuação dos Tribunais de Contas é fundamental para fiscalizar o cumprimento das normas de responsabilidade financeira, administrativa e previdenciária. Ele cita iniciativas como auditorias extraordinárias sobre descontos em folha de aposentados e pensionistas, inclusive dos militares, promovidas pelo TCE-SP, como essenciais para identificar práticas que possam comprometer a sustentabilidade do regime.

A fiscalização busca garantir que direitos sejam concedidos de acordo com a capacidade financeira do Estado, evitando a expansão desenfreada de benefícios sem o correspondente custeio.

Alexandre Sarquis conclama a sociedade e os gestores públicos a abandonarem a visão da previdência como um benefício fácil, sem sacrifício, e a reconhecerem a necessidade de disciplina, planejamento e responsabilidade. Ele alerta que a persistência em soluções casuísticas e imediatistas apenas perpetua um ciclo de crises e instabilidade, sendo urgente a celebração de um pacto lúcido e duradouro com a história e o futuro do Brasil.

No caso dos militares do Estado de São Paulo, isso significa enfrentar com transparência e coragem os desafios do equilíbrio atuarial, garantindo que os direitos.





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22 maio 2025

Forças Armadas podem atuar contra o crime organizado no Brasil?

A atuação das Forças Armadas brasileiras no combate ao crime organizado é um tema recorrente e polêmico no cenário nacional. Embora a Constituição Federal defina como missão principal das Forças Armadas a defesa da pátria, a garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem, há previsão legal para que militares atuem em situações excepcionais de grave perturbação da ordem pública, por meio das chamadas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). 

Essas operações são autorizadas exclusivamente pelo Presidente da República e ocorrem quando as forças tradicionais de segurança pública, como as polícias Militar e Civil, se mostram insuficientes para controlar a situação.

Nos últimos anos, especialmente diante da escalada da violência e do fortalecimento de facções criminosas, o governo federal recorreu à GLO para empregar as Forças Armadas em ações de repressão ao crime organizado, principalmente em portos, aeroportos e regiões de fronteira. Nessas operações, os militares recebem temporariamente o chamado “poder de polícia”, podendo realizar prisões, revistas e abordagens, sempre em articulação com órgãos como a Polícia Federal e as polícias estaduais. 

O objetivo central dessas ações é impedir o escoamento de drogas, armas e mercadorias contrabandeadas, além de reforçar a segurança em pontos estratégicos do território nacional.



Um exemplo recente foi a mobilização de mais de 3.700 militares para atuar em portos e aeroportos do Rio de Janeiro, São Paulo e regiões de fronteira, com o intuito de conter o avanço do crime organizado. 

A Marinha do Brasil, por exemplo, intensificou patrulhamentos e inspeções navais em áreas críticas, como os portos de Santos, Itaguaí e Rio de Janeiro, além de regiões de fronteira aquática, como o lago de Itaipu. Essas ações resultaram em apreensões de drogas, armas e mercadorias ilegais, além de desmantelamento de depósitos clandestinos.

Apesar dos resultados pontuais, especialistas em segurança pública manifestam ceticismo quanto à eficácia estrutural dessas operações. Argumenta-se que o emprego das Forças Armadas em funções típicas de polícia deveria ser restrito a situações realmente excepcionais, sob risco de banalização da medida e de pouco impacto duradouro no enfrentamento do crime organizado. Além disso, questiona-se a expertise dos militares para atuar em ambientes urbanos complexos, onde o enfrentamento ao crime exige inteligência policial, investigação e proximidade com a comunidade — competências mais presentes nas polícias civis e militares.

Outro ponto relevante é a atuação das Forças Armadas nas fronteiras, onde a legislação já prevê o poder de polícia em uma faixa de até 150 quilômetros. Nessas áreas, Exército, Marinha e Aeronáutica atuam de forma integrada com órgãos de segurança pública, realizando operações conjuntas para sufocar o tráfico de armas e drogas. 

A cooperação internacional, como a parceria com o Paraguai na Operação Ágata Oeste, também tem sido fundamental para combater crimes transnacionais e desarticular rotas do tráfico.

As Forças Armadas podem sim atuar contra o crime organizado no Brasil, mas sua participação é condicionada a situações excepcionais e deve ocorrer de forma integrada com as forças policiais e demais órgãos de segurança. 

O uso recorrente dos militares nesse tipo de operação levanta debates sobre a real efetividade dessas ações e a necessidade de fortalecimento das polícias e das políticas públicas de segurança, para que o enfrentamento ao crime organizado seja duradouro e estruturado.



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21 maio 2025

Demissão do Soldado DEMOLIDOR: Reflexões Sobre Disciplina e Influência na Polícia Militar

O SDTV Podcast, comandado por Rodney Idankas, tem se destacado por trazer notícias e debates relevantes para o universo policial. Recentemente, o programa trouxe à tona a demissão do Soldado Coutinho, conhecido como “Demolidor”, um caso que chamou a atenção não só dos colegas de farda, mas também do público em geral.

O motivo da demissão foi o abandono do posto durante um evento importante. Segundo informações divulgadas, o soldado deveria realizar a revista do público, mas acabou permanecendo por cerca de 1h40 em um camarote, onde tirou fotos e interagiu com diversos convidados, sem justificativa oficial ou registro de ocorrência que autorizasse sua presença ali. A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo considerou a conduta uma transgressão disciplinar grave, prevista no regulamento da instituição.

O Soldado Coutinho, por sua vez, apresentou sua versão dos fatos. Ele alega que entrou no camarote com autorização de seus superiores para utilizar o banheiro e que, ao interagir com o público, acabou ficando mais tempo do que o previsto. Além disso, Coutinho é uma figura conhecida nas redes sociais, com considerável influência e uma personalidade forte, características que, segundo ele, também o tornam alvo de perseguição dentro da corporação.




O caso ganhou contornos ainda mais complexos quando se lembra que Coutinho já havia sido investigado anteriormente, acusado de furtar uma orquídea do quartel. Embora o processo criminal sobre esse fato tenha sido arquivado pela Justiça Militar, o histórico do soldado foi citado como agravante no entendimento da Corregedoria. A defesa do militar, no entanto, anunciou recurso contra a demissão, alegando tratamento desigual em relação a outro policial envolvido no mesmo caso, que recebeu apenas punição disciplinar.

A repercussão do caso foi intensa nas redes sociais e nos grupos de policiais. Muitos se perguntam se a demissão foi motivada apenas pelo abandono do posto ou se há outros fatores envolvidos, como a imagem do policial, suas tatuagens e seu comportamento. O próprio Rodney Idankas, do SDTV Podcast, convidou os ouvintes a opinarem sobre o tema, questionando se existe “algo escondido” ou se a decisão foi justa.

O SDTV Podcast segue promovendo debates importantes para a categoria policial, incentivando a reflexão sobre disciplina, imagem pública e justiça interna. Para quem deseja acompanhar mais de perto essas discussões, o canal oferece conteúdos exclusivos, grupos no Telegram e a possibilidade de se tornar membro por um valor acessível. Assim, policiais e interessados podem se manter informados e participar ativamente das conversas sobre temas que impactam diretamente o seu cotidiano.



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17 maio 2025

Capitão avança sobre Advogado em Quartel da PM e comete ABUSO de AUTORIDADE, analisa especialista

No episódio do SDTV Podcast, o apresentador Rodney Idankas recebeu o advogado e veterano da Polícia Militar, Dr. Gilberto Silva, para discutir um caso que deixou todos perplexos: a atitude inesperada de um capitão da PM que avançou sobre um advogado durante o exercício de suas funções. O vídeo do incidente, amplamente divulgado nas redes sociais, mostra o momento em que o capitão, visivelmente alterado, tenta tomar à força o celular do advogado, que estava apenas cumprindo seu papel ao acompanhar um procedimento administrativo dentro de uma companhia da Polícia Militar de SP.

O mais surpreendente é que, segundo Dr. Gilberto, não havia qualquer justificativa legal para tal conduta. O advogado estava em uma área administrativa, sem restrição de acesso, e tinha o direito de gravar para garantir suas prerrogativas profissionais. Ainda assim, o capitão, em vez de agir conforme determina a lei e acionar os canais institucionais apropriados, partiu para uma atitude totalmente desproporcional e fora de nexo, tentando tomar o celular do advogado à força - algo que, segundo o próprio convidado, extrapola toda a legalidade e não encontra respaldo em nenhuma norma vigente.


Veja o vídeo sobre o comportamento do Capitão e análise do advogado


O episódio
ganhou contornos ainda mais graves quando se percebe que outros policiais presentes tentaram acalmar os ânimos, demonstrando que até mesmo entre os colegas a ação do capitão foi vista com estranheza. Dr. Gilberto destacou que, se o oficial acreditava que havia algum desvio de conduta por parte do advogado, deveria ter seguido os trâmites legais, comunicando a OAB e preservando o devido processo legal, e não recorrendo à força bruta. Tal comportamento, vindo de um comandante de companhia, é alarmante e compromete a imparcialidade do procedimento administrativo, podendo inclusive levar à nulidade do processo.

Outro ponto abordado na entrevista foi o impacto instituional desse tipo de conduta. Dr. Gilberto ressaltou que atitudes como essa não apenas ferem as prerrogativas dos advogados, mas também passam uma mensagem negativa para a tropa, podendo incitar comportamentos inadequados entre subordinados. Além disso, relatos de outros policiais sobre possíveis arbitrariedades cometidas pelo mesmo capitão reforçam a preocupação com a postura desse oficial no comando de suas funções.

A surpresa e o desconforto diante do ocorrido foram evidentes durante todo o bate-papo. Rodney Idankas e Dr. Gilberto questionaram se haveria algum tipo de ressentimento entre oficiais e praças, uma vez que o advogado envolvido também é ex-policial militar. No entanto, ambos concordaram que, independentemente do histórico pessoal, nada justifica o abuso de autoridade registrado no vídeo. O respeito mútuo entre profissionais da segurança pública e advogados é fundamental para o bom funcionamento das instituições e para a garantia dos direitos de todos os envolvidos.

Por fim, o SDTV Podcast reforça seu compromisso em denunciar abusos e defender o bom direito dentro das instituições de segurança pública. Casos como esse, infelizmente, vêm se tornando recorrentes, e é fundamental que sejam expostos e debatidos para que não se repitam. O canal segue aberto para ouvir todas as partes envolvidas e continuará trazendo temas relevantes para a sociedade, sempre em busca de justiça e respeito às leis.


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Cabo da Aeronáutica é condenado criminalmente por chamar tenente de “bunduda”

A relação entre praças e oficiais nas Forças Armadas ainda é permeada por tabus e limites rígidos, especialmente quando se trata de interações pessoais e afetivas. Embora não haja uma proibição formal para que praças namorem oficiais, a hierarquia e a disciplina militares impõem barreiras sociais e culturais que dificultam essas relações, sobretudo quando envolvem mulheres oficiais. Além disso, o que para as novas gerações pode parecer um simples elogio, no ambiente castrense pode ultrapassar os limites do respeito e da convivência profissional, gerando consequências sérias, vamos entender porque um Cabo foi levado à prisão, mas antes vou chamar a vinheta.

A Justiça Militar da União condenou um cabo da Aeronáutica, Expedito Ferreira Neto, a um ano de detenção, substituída por medidas alternativas, por desacato a uma superior hierárquica. O caso ganhou repercussão após o militar ter chamado uma tenente da Força Aérea Brasileira de “bunduda” e feito outras insinuações de cunho sexual durante o exercício de suas funções na Base Aérea de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, entre março e junho de 2024.



O Ministério Público Militar denunciou o cabo por reiteradas condutas desrespeitosas, que incluíram cantadas e comentários inapropriados, mesmo após advertências da tenente para que cessasse tais atitudes. Em um dos episódios, Expedito sugeriu que eles tivessem um filho juntos, além de fazer elogios considerados invasivos e constrangedores, como chamar a oficial de “a mais simpática” e lamentar que “o coração dela já tivesse dono. A tenente relatou o constrangimento causado por esses episódios, que foram confirmados por testemunhas.

A defesa do cabo alegou que os comentários eram “elogios sem maldade” e que não houve intenção de ofender ou constranger a tenente, pedindo a absolvição ou a reclassificação do crime para desrespeito a superior, que é menos grave. No entanto, o Conselho Permanente de Justiça rejeitou essa tese, afirmando que as expressões utilizadas ultrapassaram o limite do singelo elogio e configuraram desacato, ferindo a dignidade e a autoridade da oficial milita.

Um aspecto importante da decisão foi a aplicação do Protocolo para Julgamento com Perspectiva de Gênero do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que permitiu considerar a vulnerabilidade institucional da vítima em um ambiente tradicionalmente hierarquizado e masculino, como são as Forças Armadas. A corte destacou que o comportamento do cabo criou um ambiente hostil e afrontou a dignidade da tenente no exercício de sua função, o que agravou a gravidade do desacato.

A pena de um ano de detenção foi convertida em suspensão condicional da execução por três anos, com condições específicas para evitar contato entre o cabo e a tenente. Expedito está proibido de manter qualquer contato presencial ou virtual com a vítima, deve manter uma distância mínima de 300 metros, não pode ser designado para trabalhar junto à tenente e deverá se apresentar trimestralmente à Justiça Militar. O cabo ainda pode recorrer da decisão em liberdade no Superior Tribunal Militar (STM), que é a instância máxima para julgamentos militares no Brasil.

Este caso evidencia a crescente atenção das instituições militares e da Justiça Militar à questão do assédio e do respeito à hierarquia e à dignidade dentro das Forças Armadas. A condenação reforça que comportamentos inadequados, mesmo em ambientes tradicionalmente masculinos e hierarquizados, não serão tolerados, especialmente quando envolvem ofensas de cunho sexual e desrespeito a superiores, contribuindo para a construção de um ambiente mais respeitoso e igualitário nas corporações militares.

01 maio 2025

Aumento de 5% gera sentimento de frustação e humilhação, relata Policiais

A entrevista do veterano da PM, Dr. Gimenes, ao canal Segurança e Defesa TV, conduzida pelo podcaster Rodney Idankas, trouxe à tona uma questão que está movimentando os bastidores da segurança pública em São Paulo: o reajuste linear de 5% para os servidores do poder executivo, especialmente os policiais. Desde o anúncio do projeto de lei complementar pelo governador Tarcísio, o tema tem gerado debates acalorados entre os profissionais da área, que aguardavam ansiosamente por uma reparação das distorções salariais criadas em 2023.

Em primeiro lugar, é importante destacar que o aumento de 5% foi protocolado após uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, envolvendo deputados e representantes do funcionalismo público. O índice, segundo o governo, busca cumprir a Constituição Federal, que prevê tratamento igualitário entre os servidores. No entanto, muitos policiais, sobretudo os militares, receberam a notícia com insatisfação, pois esperavam a correção das injustiças do passado, e não apenas um reajuste linear.


Dr. Gimenes relembrou que, em 2023, o então PL75 trouxe uma inovação polêmica: a distinção de índices de reajuste entre diferentes postos e graduações das forças de segurança. Tal medida, considerada por muitos como injusta e até humilhante, prejudicou especialmente os veteranos, como terceiros sargentos e segundos tenentes, que representam cerca de 50 mil profissionais e suas famílias. O impacto negativo se estende a pensionistas, ampliando o alcance do descontentamento para mais de 600 mil pessoas ligadas à família policial militar.

Outro ponto crucial abordado na entrevista é a justificativa dada pelas autoridades para a diferenciação dos índices em 2023. Segundo o então secretário de segurança pública, a medida visava incentivar o ingresso na carreira e a progressão interna. No entanto, como ressaltou Gimenes, essa lógica desconsiderou o grande número de veteranos nessas posições, tornando a decisão ainda mais controversa e gerando um sentimento de abandono entre os antigos servidores.

Ademais, a atuação da chamada “Bancada da Bala” na Assembleia Legislativa foi duramente criticada. Gimenees apontou que, desde o início do governo Tarcísio, os deputados ligados à segurança pública têm se alinhado ao Executivo, deixando de representar efetivamente os interesses de seus eleitores. O contraste com outros estados, como Minas Gerais, onde parlamentares da base governista não hesitam em criticar medidas injustas, foi destacado como exemplo a ser seguido.

Com o cenário de insatisfação, cresce o risco de desgaste político para os deputados que não defendem de forma contundente os interesses dos policiais. Enquanto isso, parlamentares de oposição, como o deputado Reis (PT), têm ganhado espaço ao propor aumentos mais expressivos e defender toda a categoria do serviço público estadual. Essa movimentação pode influenciar diretamente as próximas eleições, alterando o equilíbrio de forças na Assembleia.

Vale lembrar que a recomposição salarial de 2023 não só manteve a diferenciação de índices, como também trouxe prejuízos ao poder de compra das famílias policiais. A ausência de uma reparação adequada no novo projeto de reajuste aprofunda o sentimento de injustiça e desvalorização, afetando inclusive a saúde mental de muitos profissionais, como relatado por Gimenes durante a entrevista.

Por fim, a entrevista reforça a importância do engajamento da comunidade policial e de seus familiares. A participação ativa nas redes sociais, o contato com representantes como Dr. Gimenes e a cobrança por transparência nos projetos de lei são fundamentais para pressionar o governo e os deputados a adotarem medidas realmente justas. 

 

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Policiais de SP têm dinheiro a receber, diz advogada

O pagamento do bônus resultado continua sendo uma das maiores dores de cabeça para policiais militares, civis, técnico-científicos e também...