30 abril 2025

Assim que sair novo concurso da Polícia Civil, teremos outra enorme debandada na PM - entenda isso!

A última debandada de policiais militares para a Polícia Civil de São Paulo chamou atenção e foi tema de um debate no canal Segurança eDefesa TV, apresentado pelo especialista em Política de Segurança Pública Rodney Idankas. O fenômeno, que envolveu mais de 100 PMs aprovados em concursos da Polícia Civil, levantou discussões sobre as causas e consequências desse movimento crescente.

De início, Rodney destacou que, embora o número de 100 policiais possa parecer pequeno diante do universo da corporação, ele é representativo e sinaliza uma insatisfação interna relevante. Muitos dos comentários recebidos pelo canal apontam que a principal motivação para essa migração é a busca por melhores condições de trabalho e qualidade de vida. Os policiais relatam escalas exaustivas, jornadas longas e deslocamentos cansativos, que acabam afetando o bem-estar e a convivência familiar.

Além disso, o apresentador ressaltou que o tratamento recebido pelas praças dentro da Polícia Militar é um fator de peso nessa decisão. Comentários de policiais, lidos durante a live, mostram que muitos se sentem desvalorizados e distantes dos oficiais, o que contribui para um ambiente de trabalho pouco acolhedor. Esse distanciamento hierárquico, segundo Rodney, é um problema histórico e cultural, agravado pela falta de empatia e diálogo entre os diferentes níveis da corporação.


Outro ponto abordado foi a diferença salarial entre as carreiras. Embora o salário não seja o único motivo, muitos policiais militares enxergam na Polícia Civil uma oportunidade de remuneração ligeiramente melhor e, principalmente, de uma rotina menos desgastante. A regionalização dos concursos civis, que permite ao policial trabalhar mais próximo de casa, também é vista como uma vantagem significativa.

Na sequência, Rodney comentou sobre a estrutura arcaica da Polícia Militar, que mantém práticas e regulamentos herdados de séculos passados. Para muitos policiais, a rigidez do militarismo, associada à falta de modernização e de gestão humanizada, torna a carreira menos atrativa para as novas gerações. O apresentador lembrou que os jovens de hoje buscam flexibilidade, reconhecimento e oportunidades de crescimento, fatores que nem sempre encontram na estrutura atual da PM.

Por fim, o especialista destacou que a migração para a Polícia Civil não deve ser vista apenas como uma troca de emprego, mas como um sintoma de questões mais profundas que afetam a segurança pública. Ele defendeu a necessidade de reformas estruturais, valorização dos profissionais e maior integração entre as polícias, para que ambas possam cumprir seu papel de proteger a sociedade de forma mais eficiente e humana.

A saída de policiais militares para a Polícia Civil reflete um conjunto de desafios: condições de trabalho, relações hierárquicas, salários, estrutura organizacional e expectativas das novas gerações. O debate aberto no canal Segurança e Defesa TV mostra que ouvir os profissionais da linha de frente é fundamental para entender e buscar soluções para a crise de motivação nas forças de segurança.

 

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