A segurança pública no Brasil é um tema complexo que envolve
várias forças policiais, cada uma com suas atribuições específicas.
Recentemente, em um podcast do canal Segurança e Defesa TV, o delegado de
polícia civil Dr. André discutiu a relação entre a Polícia Civil e a PolíciaMilitar, ambas de São Paulo, destacando desafios e possibilidades de integração entre essas forças.
Em muitas regiões do país, especialmente onde a estrutura é limitada, a Polícia
Militar tem assumido algumas funções típicas da Polícia Civil, embora sem uma
base legal formal para isso. Isso ocorre porque, em alguns lugares, não há
presença da Polícia Civil, e a Militar acaba realizando essas atribuições por
necessidade.
Além disso, o Supremo Tribunal Federal já decidiu que a
Polícia Militar pode lavrar termos circunstanciados de ocorrência, o que
reflete uma flexibilização das atribuições tradicionais. No entanto, essa
prática não é uniforme em todo o país. Em São Paulo, por exemplo, a Polícia
Civil está presente em todos os municípios, cobrindo todas as áreas com
delegacias. Isso permite uma atuação mais eficaz e especializada em termos de
polícia judiciária, diferentemente de outras regiões onde a infraestrutura é mais
limitada.
Em primeiro lugar, é importante entender que a Polícia Civil tem a responsabilidade exclusiva pela investigação de crimes comuns, exceto os militares. Ela realiza inquéritos policiais, coleta provas e prepara os casos para o Ministério Público e o Judiciário. A Polícia Militar, por outro lado, é responsável pelo policiamento ostensivo e pela manutenção da ordem pública. Ademais, a ideia de integrar essas forças pode ser benéfica, mas requer uma abordagem cuidadosa para evitar a sobreposição de funções.
Discussão expõe "racha" entre as Polícias
Além disso, a possibilidade de a Polícia Militar lavrar
termos circunstanciados de ocorrência pode ser vista como uma forma de otimizar
o trabalho, desde que as informações sejam tratadas por um delegado de polícia,
que tem a capacidade técnico-jurídica para decidir sobre a natureza do crime e
as medidas a serem aplicadas. No entanto, em São Paulo, essa necessidade não é
tão urgente, pois a Polícia Civil já está bem estruturada e presente em todo o
estado.
Assim como, a busca por um "ciclo completo de
polícia", onde uma única força faz tudo, é um debate interessante. Se a
Polícia Militar ou a Civil fizessem tudo, poderia haver uma sobreposição de
funções e, potencialmente, uma perda de especialização. Em vez disso, uma
integração eficaz poderia envolver a colaboração entre as forças, com cada uma
contribuindo com suas especialidades para melhorar a segurança pública.
Em resumo, a relação entre a Polícia Civil e a Polícia Militar é complexa e varia de acordo com a região. Enquanto há desafios em termos de infraestrutura e atribuições, também existem oportunidades para melhorar a colaboração e a eficiência das forças de segurança. A chave está em encontrar um equilíbrio que respeite as especializações de cada força e otimize o trabalho em prol da segurança pública.
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