30 abril 2025

Mobilização Nacional pode dar novo rumo às Guardas Municipais no Brasil

O debate sobre o poder de polícia e a aposentadoria especial das guardas municipais ganhou destaque nacional, especialmente em razão das recentes discussões no Congresso e da mobilização de entidades representativas, como a AGM Brasil. Em entrevista ao canal Segurança e Defesa TV, Reinaldo Monteiro, presidente da AGM Brasil, detalhou os principais desafios e estratégias do movimento das guardas municipais diante das Propostas de Emenda à Constituição (PEC) que tramitam atualmente, especialmente a PEC 18 e a PEC 57.

A PEC 57/2023 propõe alterações fundamentais na Constituição Federal, incluindo as guardas municipais no rol dos órgãos de segurança pública, com a possibilidade de adoção do nome “Polícia Municipal”, além de garantir critérios diferenciados de aposentadoria para esses profissionais. A proposta visa não apenas reconhecer, mas também fortalecer o papel das guardas municipais na proteção da população e na manutenção da ordem pública, alinhando-se à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF 995, que já reconhece as guardas como integrantes do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP).

No entanto, conforme destacou Reinaldo Monteiro, o cenário político é de intensa disputa. Apesar de a PEC 57 ter obtido 326 assinaturas - número superior ao necessário para aprovação de uma emenda -, muitos deputados têm se mostrado reticentes em apoiar a inclusão das guardas municipais na PEC 18, proposta pelo governo federal. O temor é de que setores da chamada “bancada da bala” tentem limitar as atribuições das guardas, especialmente no que diz respeito ao exercício do poder de polícia e ao direito à aposentadoria especial. Monteiro enfatiza a necessidade de articulação política suprapartidária, defendendo que os representantes das guardas devem dialogar com todos os espectros políticos para garantir avanços reais.


O direito à aposentadoria especial é um dos pontos centrais da mobilização. A justificativa é clara: guardas municipais enfrentam riscos e desafios semelhantes aos de outras forças de segurança, como policiais civis e militares, lidando diariamente com situações de perigo e exposição à violência. A extensão das regras de aposentadoria especial a esses profissionais, como já aprovado em alguns estados, representa não apenas uma valorização da categoria, mas também um compromisso com seu bem-estar e segurança pessoal.

A discussão sobre o poder de polícia das guardas municipais também é fundamental. A PEC 57 busca consolidar a competência dessas instituições para atuar de forma mais efetiva na segurança pública, evitando conflitos de atribuições com as polícias estaduais e federais. O fortalecimento do arcabouço jurídico das guardas municipais é visto como essencial para garantir segurança institucional, respaldo legal e proteção dos direitos dos profissionais, além de promover uma atuação mais coordenada e eficiente no combate à criminalidade e na proteção dos cidadãos.

Reinaldo Monteiro convoca a chamada “família azul marinho” - guardas, familiares e apoiadores - a participarem ativamente do processo político, pressionando deputados e acompanhando de perto as tramitações das PECs. Segundo ele, a mobilização coletiva e o engajamento direto com os parlamentares são decisivos para garantir que as conquistas almejadas pelas guardas municipais sejam efetivamente incorporadas à legislação federal, consolidando seu papel como agentes essenciais da segurança pública brasileira.

 

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Assim que sair novo concurso da Polícia Civil, teremos outra enorme debandada na PM - entenda isso!

A última debandada de policiais militares para a Polícia Civil de São Paulo chamou atenção e foi tema de um debate no canal Segurança eDefesa TV, apresentado pelo especialista em Política de Segurança Pública Rodney Idankas. O fenômeno, que envolveu mais de 100 PMs aprovados em concursos da Polícia Civil, levantou discussões sobre as causas e consequências desse movimento crescente.

De início, Rodney destacou que, embora o número de 100 policiais possa parecer pequeno diante do universo da corporação, ele é representativo e sinaliza uma insatisfação interna relevante. Muitos dos comentários recebidos pelo canal apontam que a principal motivação para essa migração é a busca por melhores condições de trabalho e qualidade de vida. Os policiais relatam escalas exaustivas, jornadas longas e deslocamentos cansativos, que acabam afetando o bem-estar e a convivência familiar.

Além disso, o apresentador ressaltou que o tratamento recebido pelas praças dentro da Polícia Militar é um fator de peso nessa decisão. Comentários de policiais, lidos durante a live, mostram que muitos se sentem desvalorizados e distantes dos oficiais, o que contribui para um ambiente de trabalho pouco acolhedor. Esse distanciamento hierárquico, segundo Rodney, é um problema histórico e cultural, agravado pela falta de empatia e diálogo entre os diferentes níveis da corporação.


Outro ponto abordado foi a diferença salarial entre as carreiras. Embora o salário não seja o único motivo, muitos policiais militares enxergam na Polícia Civil uma oportunidade de remuneração ligeiramente melhor e, principalmente, de uma rotina menos desgastante. A regionalização dos concursos civis, que permite ao policial trabalhar mais próximo de casa, também é vista como uma vantagem significativa.

Na sequência, Rodney comentou sobre a estrutura arcaica da Polícia Militar, que mantém práticas e regulamentos herdados de séculos passados. Para muitos policiais, a rigidez do militarismo, associada à falta de modernização e de gestão humanizada, torna a carreira menos atrativa para as novas gerações. O apresentador lembrou que os jovens de hoje buscam flexibilidade, reconhecimento e oportunidades de crescimento, fatores que nem sempre encontram na estrutura atual da PM.

Por fim, o especialista destacou que a migração para a Polícia Civil não deve ser vista apenas como uma troca de emprego, mas como um sintoma de questões mais profundas que afetam a segurança pública. Ele defendeu a necessidade de reformas estruturais, valorização dos profissionais e maior integração entre as polícias, para que ambas possam cumprir seu papel de proteger a sociedade de forma mais eficiente e humana.

A saída de policiais militares para a Polícia Civil reflete um conjunto de desafios: condições de trabalho, relações hierárquicas, salários, estrutura organizacional e expectativas das novas gerações. O debate aberto no canal Segurança e Defesa TV mostra que ouvir os profissionais da linha de frente é fundamental para entender e buscar soluções para a crise de motivação nas forças de segurança.

 

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Vazamento de imagens internas da PM expõe falta de empatia no convívio militar

No canal Segurança e Defesa TV, o Podcaster Rodney Idankas recebeu o Dr. Gilberto Silva, veterano da Polícia Militar e advogado especializado em direito disciplinar e militar, para discutir um caso que ganhou repercussão na internet. O episódio envolveu um capitão acusado de coagir um soldado a consertar viaturas de maneira supostamente brusca e fora dos regulamentos. A conversa buscou esclarecer se houve abuso de autoridade e quais as responsabilidades administrativas nesse contexto.

Primeiramente, Dr. Gilberto destacou a importância de analisar o contexto completo antes de qualquer julgamento. Segundo ele, a gravação mostra uma interação inicialmente informal entre o capitão e o soldado, que só se tornou mais rígida após questionamentos sobre ordens anteriores. Essa mudança repentina de postura, do informal para o formal, chamou a atenção do entrevistado, pois, em ambientes militares, a coerência no tratamento é fundamental para manter a disciplina e evitar interpretações equivocadas sobre abuso de autoridade.

Além disso, o debate abordou a responsabilidade pelo conserto das viaturas. Dr. Gilberto explicou que nem o capitão nem os subordinados têm acesso direto aos recursos para manutenção dos veículos, sendo essa uma atribuição da Unidade Gestora Executora (UGE), ligada ao comando de policiamento de área. Ele ressaltou que existe verba destinada para esse fim e que, portanto, é necessário investigar por que a UGE não tomou providências adequadas, evitando sobrecarregar os policiais com tarefas que não lhes competem.


Outro ponto relevante foi a discussão sobre a falta de viaturas reservas e o impacto disso na rotina operacional. A ausência de planejamento para contingências, segundo o entrevistado, revela falhas estruturais que poderiam ser evitadas com mais proatividade da administração. Dr. Gilberto sugeriu que os comandantes de companhia e batalhão deveriam ser mais ativos na solicitação de recursos e manutenção, em vez de apenas remediar problemas já existentes.

A questão do vazamento das imagens também foi levantada, trazendo à tona o debate sobre privacidade e exposição de conflitos internos. Dr. Gilberto opinou que, embora haja legislação que rege o uso e divulgação de imagens, o vazamento acaba sendo um reflexo do clima de insatisfação e distanciamento entre oficiais e praças. Ele acredita que, muitas vezes, a divulgação ocorre como forma de denunciar situações que os próprios policiais consideram injustas ou perseguidoras.

Por fim, a entrevista reforçou a necessidade de empatia e diálogo entre os diferentes níveis hierárquicos da Polícia Militar. O distanciamento crescente entre oficiais e praças, segundo os participantes, contribui para o surgimento de conflitos e dificulta a resolução de problemas internos. Dr. Gilberto concluiu que a busca por soluções passa pela valorização da comunicação transparente e pelo fortalecimento das estruturas administrativas, para que cada um cumpra seu papel sem sobrecarga ou desvio de função.

O caso discutido revela desafios antigos e recorrentes na estrutura da Polícia Militar: a necessidade de respeito aos regulamentos, clareza nas atribuições e, principalmente, uma gestão mais eficiente e humana dos recursos e das relações internas. O diálogo proposto no canal Segurança e Defesa TV mostra que, apesar das dificuldades, há espaço para reflexão e aprimoramento institucional.

 

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29 abril 2025

Veterano PM e Advogado crítico, Gimenes não economizou nas palavras e atirou para todos os lados! PM vai mandar embora por "via rápida"!

Na entrevista ao Canal Segurança e Defesa TV, conduzida por Rodney Idankas, o veterano e advogado Aurélio Gimenes trouxe reflexões diretas e preocupantes sobre a realidade dos policiais militares em São Paulo. Gimenes, com experiência tanto nas ruas quanto na advocacia, alertou para a chamada “via rápida” dentro da Polícia Militar, um mecanismo que, segundo ele, facilita a demissão de policiais de forma acelerada. 

Ele confessou que, mesmo formado em Direito e com duas pós-graduações, só passou a entender a gravidade desse instrumento após deixar a ativa, destacando que muitos policiais desconhecem detalhes da I-40 PM e do RDPM, regulamentos que podem ser decisivos para o futuro na corporação.

O advogado ressaltou que o discurso institucional de que “ninguém fica para trás” não condiz com a realidade vivida pelos policiais militares. Ele citou como exemplo a recomposição salarial de 2023, que, segundo ele, deixou muitos praças e oficiais subalternos para trás, com aumentos escalonados e diferenciados. Gimenes questionou a lógica de se promover reajustes distintos não só entre diferentes secretarias do governo, mas também dentro da própria Polícia Militar, criando divisões entre praças e oficiais.

Durante a entrevista, Rodney Idankas provocou Gimenes a explicar como a Constituição Federal, que prevê isonomia salarial entre servidores públicos, pode ser desrespeitada com índices de reajuste diferentes dentro da mesma Secretaria de Segurança Pública. 



Gimenes foi categórico ao afirmar que, apesar do mandamento constitucional, o Judiciário já consolidou o entendimento de que a competência para definir remuneração é exclusiva do governador do estado. Assim, buscar a via judicial para corrigir essas distorções, segundo ele, é praticamente inócuo, pois as decisões superiores tendem a manter a prerrogativa do Executivo.

Essa constatação coloca o policial militar em uma posição delicada: refém das decisões políticas e orçamentárias do governo estadual. Gimenes explicou que, mesmo havendo previsão constitucional para um índice único de reajuste, a justificativa da falta de recursos públicos é frequentemente utilizada para negar recomposições salariais justas, deixando os profissionais de segurança em situação de vulnerabilidade.

Outro ponto importante abordado na entrevista foi a rivalidade histórica entre as polícias Civil e Militar, agravada por políticas de reajuste diferenciadas. Para Gimenes, a falta de unidade e o tratamento desigual entre as corporações apenas aumentam as tensões internas e dificultam o trabalho conjunto, tão necessário para a segurança pública. Ele defende que o governo e a Secretaria de Segurança Pública deveriam buscar mecanismos para promover a união entre as polícias, ao invés de aprofundar divisões.

A fala de Gimenes serve como alerta e convite à reflexão para todos os policiais militares: é fundamental conhecer os regulamentos internos, entender seus direitos e desafios, e cobrar das lideranças institucionais e políticas um tratamento mais justo e transparente. O debate sobre valorização, isonomia e respeito ao policial militar precisa ser permanente, pois a segurança pública começa pelo respeito a quem a garante diariamente nas ruas.


O veterano e advogado Gimenes atende pelo WhatsApp (11) 93707-6217.

 

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Major quer ir ao STF para pedir aumento aos Policiais, mas está enfrentando obstáculos dos políticos

O cenário da recomposição salarial dos PMs no Rio de Janeiro tornou-se uma verdadeira novela, marcada por anos de luta e frustrações. Em entrevista ao canal Segurança e Defesa TV, o Major PM Luigi revelou os bastidores dessa batalha, destacando a necessidade urgente de um reajuste digno para os servidores da segurança pública.

A discussão gira em torno do direito constitucional à recomposição salarial, previsto no artigo 37, inciso X, da CF, que determina a revisão geral anual da remuneração dos servidores públicos. No entanto, na prática, esse direito tem sido sistematicamente negligenciado, gerando indignação e mobilização entre os militares e demais servidores do estado.

Nesse contexto, o Major Luigi anunciou sua intenção de ingressar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) junto ao STF, buscando garantir a efetivação desse direito. Ele enfatizou que a ADI não se trata de um aumento salarial arbitrário, mas sim da atualização dos vencimentos conforme determina a Constituição. A movimentação em torno dessa ação já começou a mexer com o tabuleiro político fluminense, pressionando deputados e partidos a se posicionarem diante da demanda dos servidores.

Além disso, o Major Luigi relatou que a pressão exercida pelos servidores públicos, especialmente os militares, obrigou os deputados estaduais a criarem uma comissão na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para discutir a recomposição salarial. No entanto, ele criticou a postura de muitos parlamentares, que têm feito "ouvidos de mercador" diante das reivindicações, demonstrando falta de sensibilidade diante do sofrimento de milhares de famílias que dependem desses salários defasados. O Major ressaltou que a fome e a necessidade não podem esperar, e que a urgência da situação exige respostas concretas e imediatas das autoridades.

Na busca por apoio para viabilizar a ADI, o Major Luigi vem dialogando com diversos partidos políticos, tanto de direita quanto de esquerda, demonstrando que a luta pela recomposição salarial é suprapartidária. Ele citou tratativas com partidos como Mobiliza (PMN), PRTB, PT, PSD, Avante e, principalmente, o PDT, que teria demonstrado maior disposição em abraçar a causa. O projeto elaborado por Luigi foi encaminhado ao jurídico do PDT, que elogiou a iniciativa, mas ainda não deu uma resposta definitiva, o que tem gerado expectativa e cobrança por parte dos policiais.

Outro ponto destacado na entrevista é a necessidade de transparência e mobilização coletiva. O Major Luigi fez questão de expor os nomes dos partidos e autoridades envolvidos nas negociações, defendendo que a solução para a recomposição salarial deve ser construída de forma aberta e democrática. Ele também ressaltou que, caso não haja respaldo partidário, a alternativa será buscar o apoio de entidades de classe com representatividade nacional para ingressar com a ADI no STF, mostrando que não faltam caminhos para levar a demanda adiante.


É importante ressaltar que a recomposição salarial não beneficia apenas os policiais da ativa, mas também aposentados, pensionistas e servidores de outras áreas, como saúde e educação. Muitos desses profissionais, especialmente os veteranos, enfrentam dificuldades extremas para sobreviver, recorrendo a vaquinhas para pagar contas básicas e adquirir alimentos. O Major Luigi destacou que a recomposição é um direito de todos os servidores, e não pode ser tratada como privilégio de uma casta específica.

O Major também criticou a prática de reajustes diferenciados entre categorias e patentes, como ocorreu recentemente em outros estados, onde índices de aumento variaram entre policiais civis, militares e técnicos científicos. Para ele, essa diferenciação é inconstitucional e fere o princípio da isonomia, agravando ainda mais o sentimento de injustiça entre os servidores públicos. Ele defende que o reajuste deve ser linear, alcançando todos de forma igualitária, conforme determina a Constituição.

Luigi reforçou seu compromisso com a causa, afirmando que não busca protagonismo ou holofotes, mas sim uma solução efetiva para o drama vivido pelos servidores do Rio de Janeiro. Ele conclamou a sociedade e os colegas de farda a se manterem mobilizados, pressionando deputados, partidos e entidades para que a ADI seja protocolada o quanto antes. Segundo ele, o momento é de união e coragem, pois apenas com pressão e transparência será possível romper o ciclo de descaso e garantir justiça salarial para quem arrisca a vida diariamente pela segurança da população.

 

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28 abril 2025

Delegado expõe "racha" na Segurança ou é preservação das funções da PC?

A segurança pública no Brasil é um tema complexo que envolve várias forças policiais, cada uma com suas atribuições específicas. Recentemente, em um podcast do canal Segurança e Defesa TV, o delegado de polícia civil Dr. André discutiu a relação entre a Polícia Civil e a PolíciaMilitar, ambas de São Paulo, destacando desafios e possibilidades de integração entre essas forças. Em muitas regiões do país, especialmente onde a estrutura é limitada, a Polícia Militar tem assumido algumas funções típicas da Polícia Civil, embora sem uma base legal formal para isso. Isso ocorre porque, em alguns lugares, não há presença da Polícia Civil, e a Militar acaba realizando essas atribuições por necessidade.

Além disso, o Supremo Tribunal Federaldecidiu que a Polícia Militar pode lavrar termos circunstanciados de ocorrência, o que reflete uma flexibilização das atribuições tradicionais. No entanto, essa prática não é uniforme em todo o país. Em São Paulo, por exemplo, a Polícia Civil está presente em todos os municípios, cobrindo todas as áreas com delegacias. Isso permite uma atuação mais eficaz e especializada em termos de polícia judiciária, diferentemente de outras regiões onde a infraestrutura é mais limitada.


Em primeiro lugar, é importante entender que a Polícia Civil tem a responsabilidade exclusiva pela investigação de crimes comuns, exceto os militares. Ela realiza inquéritos policiais, coleta provas e prepara os casos para o Ministério Público e o Judiciário. A Polícia Militar, por outro lado, é responsável pelo policiamento ostensivo e pela manutenção da ordem pública. Ademais, a ideia de integrar essas forças pode ser benéfica, mas requer uma abordagem cuidadosa para evitar a sobreposição de funções.

Discussão expõe "racha" entre as Polícias

Além disso, a possibilidade de a Polícia Militar lavrar termos circunstanciados de ocorrência pode ser vista como uma forma de otimizar o trabalho, desde que as informações sejam tratadas por um delegado de polícia, que tem a capacidade técnico-jurídica para decidir sobre a natureza do crime e as medidas a serem aplicadas. No entanto, em São Paulo, essa necessidade não é tão urgente, pois a Polícia Civil já está bem estruturada e presente em todo o estado.

Assim como, a busca por um "ciclo completo de polícia", onde uma única força faz tudo, é um debate interessante. Se a Polícia Militar ou a Civil fizessem tudo, poderia haver uma sobreposição de funções e, potencialmente, uma perda de especialização. Em vez disso, uma integração eficaz poderia envolver a colaboração entre as forças, com cada uma contribuindo com suas especialidades para melhorar a segurança pública.

Em resumo, a relação entre a Polícia Civil e a Polícia Militar é complexa e varia de acordo com a região. Enquanto há desafios em termos de infraestrutura e atribuições, também existem oportunidades para melhorar a colaboração e a eficiência das forças de segurança. A chave está em encontrar um equilíbrio que respeite as especializações de cada força e otimize o trabalho em prol da segurança pública. 


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27 abril 2025

Militares, Policiais e Pensionistas têm sido vítimas das ações da "Máfia dos Consignados", isso vai até quando?

No canal Segurança e Defesa TV, o podcaster Rodney Idankas entrevistou a advogada Dra. Cláudia, especialista em ações judiciais contra abusos em empréstimos consignados. O tema central foi o impacto devastador da chamada "máfia dos consignados" sobre servidores públicos, especialmente policiais, pensionistas e inativos, que muitas vezes têm seus salários totalmente comprometidos por dívidas. A conversa revelou como esses profissionais, já prejudicados por baixos salários, enfrentam ainda o assédio constante de financeiras e bancos, que buscam empurrar novos empréstimos a qualquer custo, mesmo quando não há mais margem para desconto em folha1.

Além disso, a Dra. Cláudia destacou que há uma preocupação séria com o vazamento de dados pessoais desses servidores. Apesar da existência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que proíbe o compartilhamento indevido dessas informações, na prática, muitos policiais relatam receber ofertas de crédito imediatamente após quitarem parcelas, indicando que seus dados estão sendo comercializados ilegalmente. Isso, segundo a advogada, pode e deve ser alvo de investigação policial, já que a LGPD prevê multas severas para empresas envolvidas nesse tipo de prática.


Outro ponto abordado foi a quantidade de irregularidades nos contratos de financiamento de veículos e empréstimos consignados. De acordo com a Dra. Cláudia, cerca de 95% desses contratos apresentam cobranças indevidas, como seguros não solicitados, taxas de vistoria inexistentes e venda casada de produtos financeiros. Essas práticas, além de ilegais, aumentam consideravelmente o valor das parcelas, levando muitos servidores ao superendividamento. A advogada explicou que, em muitos casos, é possível acionar a Justiça para revisar contratos, eliminar cobranças abusivas e até conseguir a devolução em dobro dos valores pagos indevidamente.

Atolados em dívidas impagáveis

Para aqueles que já estão atolados em dívidas, a Dra. Cláudia ressaltou a importância da nova Lei do Superendividamento. Essa legislação permite que todas as dívidas de consumo sejam reunidas em um único processo, possibilitando a negociação de um plano de pagamento que respeite o limite de 30% do salário do devedor e que pode ser parcelado em até 60 meses. Durante o processo, as cobranças ficam suspensas, dando um alívio imediato ao servidor enquanto o acordo é negociado judicialmente.

A entrevista também abordou o estigma e a vergonha que muitos policiais sentem ao admitir dificuldades financeiras. Rodney e Dra. Cláudia reforçaram que buscar ajuda não é motivo de desonra, mas sim um passo necessário para recuperar a dignidade e o controle da vida financeira. Eles alertaram que os bancos e financeiras, muitas vezes responsáveis pelo endividamento, não são aliados do consumidor e que a renegociação direta pode não ser a melhor solução, já que tende a perpetuar o ciclo de dívidas com juros ainda mais altos.

Por fim, o episódio serviu de alerta para a necessidade de educação financeira desde cedo, especialmente nas instituições de segurança pública. O canal se comprometeu a continuar trazendo especialistas para orientar os servidores sobre seus direitos e caminhos legais para enfrentar o superendividamento. A mensagem final foi de esperança: existe luz no fim do túnel, e com informação e apoio jurídico, é possível sair do sufoco e recuperar a qualidade de vida.


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Em busca de milhões de reais por honorários, Advogados fazem de tudo para pegar dinheiro do Policial Militar

O canal Segurança e Defesa TV, comandado por Rodney Idankas, trouxe à tona um debate importante para policiais militares, veteranos e pensionistas de São Paulo: a cobrança do Adicional Local de Exercício (ALE) e a necessidade – ou não – de ser associado a uma associação para ter direito ao montante de dinheiro que o Estado ficará devendo.

O episódio ganhou destaque após o veterano PM e advogado Gimenes contestar publicamente o advogado Negri, representante da AMESP, devido à mudança de posicionamento deste último sobre o tema.

Inicialmente, o advogado Negri e a AMESP defendiam que apenas associados teriam direito ao ALE 100% no padrão. Essa era uma posição tradicional das associações, que alegavam ser necessário o vínculo associativo para ingressar com a ação de cobrança do adicional.

No entanto, Gimenes, veterano da Polícia Militar e advogado, sempre sustentou que, segundo a jurisprudência do Tribunal de Justiça de São Paulo e dos tribunais superiores, não há exigência de associação para garantir esse direito.

Com o passar do tempo, advogados independentes, como Gimenes, começaram a obter êxito em ações judiciais para não associados, ampliando o debate e pressionando as entidades a reverem seus entendimentos.


Essa atuação provocou uma mudança significativa: Negri, antes categórico em afirmar que o benefício só valia para associados, passou a admitir publicamente que está estudando a possibilidade de também atuar em favor de não associados, caso encontre respaldo jurídico seguro para isso.

Essa mudança de postura foi o ponto central da crítica de Gimenes e de outros advogados. Para ele, o reconhecimento por parte do advogado da AMESP de que não associados podem ter direito ao ALE representa a vitória de uma tese defendida há tempos por advogados independentes. Gimenes destaca que a liberdade de escolha – ser ou não associado – é fundamental para garantir igualdade de oportunidades a todos os policiais e pensionistas, independentemente de sua filiação a entidades de classe.

Debate sobre Ação ALE 100% no padrão

O debate nas redes sociais expôs uma divisão dentro da própria advocacia que atua em defesa dos direitos dos policiais militares. Enquanto alguns advogados ainda defendem a exclusividade para associados, outros, como Gimenes, apontam que a jurisprudência atual é clara e permite que qualquer policial ou pensionista busque o direito ao ALE, mesmo sem vínculo associativo.

Essa divergência, inclusive, pode gerar discussões éticas entre os profissionais do direito, como destacou o apresentador do canal.

O episódio serve de alerta para a categoria: é essencial buscar informações atualizadas e consultar advogados de confiança antes de tomar decisões sobre ações judiciais. O canal Segurança e Defesa TV reforça seu compromisso em informar e orientar policiais, veteranos e pensionistas, destacando que a luta pelo reconhecimento de direitos deve ser pautada pelo conhecimento técnico e pela defesa da dignidade dos profissionais da segurança pública.



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26 abril 2025

Defendendo aumento a Policiais no RJ, "haters" atacam Major PM

A entrevista do Major Luigi ao canal Segurança eDefesa TV trouxe à tona um tema urgente para milhares de servidores públicos do Rio de Janeiro: a recomposição salarial. O Major destacou que o problema não atinge apenas policiais militares, mas também bombeiros, agentes de segurança, profissionais da saúde e da educação, ativos, inativos e pensionistas. Segundo ele, a defasagem dos salários frente à inflação tem causado dificuldades reais para quem depende desses rendimentos, especialmente os que recebem os menores valores, como soldados da reserva e merendeiras da rede pública.

Além disso, Major Luigi explicou que a situação no Rio de Janeiro é ainda mais complexa devido ao alto ICMS, o maior do Brasil, que encarece produtos e serviços para toda a população. Ele citou exemplos como o preço do café, que chegou a R$ 100 o quilo, mostrando como a inflação afeta diretamente o poder de compra dos servidores. Mesmo assim, a recomposição salarial, prevista em lei para repor as perdas inflacionárias, não vem sendo cumprida pelo governo estadual há pelo menos dois anos, acumulando um déficit de 22,59% para o poder executivo.

No decorrer da conversa, ficou claro que a luta por direitos não se limita a reuniões e promessas. O Major defende uma atuação mais firme, inclusive judicial, para garantir que o reajuste seja concedido a todos os servidores, sem distinção entre poderes. Ele relatou que, apesar de decisões judiciais e previsões legais, o governo estadual alega falta de recursos, enquanto mantém investimentos em outras áreas e concede isenções fiscais bilionárias.

A Luta pela Recomposição Salarial dos Servidores do Rio de Janeiro

Outro ponto importante abordado foi o impacto das redes sociais e dos ataques digitais. Major Luigi revelou que vem sofrendo campanhas de desinformação e cancelamento, muitas vezes motivadas por interesses políticos. Para se proteger e fortalecer sua voz, ele incentiva a participação dos seguidores em grupos e canais digitais, como o “Visão da Tropa”, ressaltando que o apoio coletivo é fundamental para pressionar as autoridades e ampliar a representatividade das demandas dos servidores.


Apesar das dificuldades, o Major deixou claro que sua atuação não tem motivação política pessoal, mas sim o compromisso de representar a “tropa” e todos os servidores do executivo estadual. Ele enfatizou que a mobilização popular é essencial para conquistar avanços, já que, sem pressão, as demandas acabam sendo ignoradas pelos tomadores de decisão. Por isso, pediu que todos se inscrevam nos canais de comunicação e participem ativamente das convocações, mostrando que há uma base forte e engajada por trás das reivindicações.

A entrevista reforçou a importância do conhecimento e da união para enfrentar desafios estruturais. O Major Luigi acredita que, com estratégia, disciplina e informação, é possível vencer até mesmo os sistemas mais resistentes. Ele concluiu incentivando a todos a se manterem informados, participarem dos debates e fortalecerem as redes de apoio, pois só assim será possível garantir direitos e melhorar as condições de vida dos servidores públicos do Rio de Janeiro.

 

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25 abril 2025

Policiais, Militares e Pensionistas podem ter sido vítimas de fraude e perdido milhares de reais (R$)

A chamada “máfia do consignado” é uma realidade preocupante para muitos servidores públicos, especialmente policiais militares, pensionistas e inativos. Instituições financeiras se aproveitam da falta de conhecimento e da necessidade dessas pessoas para empurrar produtos não contratados, como seguros embutidos e vendas casadas. Muitas vezes, o militar ou policial acredita estar fazendo um empréstimo simples, mas acaba pagando muito mais do que o valor contratado, devido a encargos ocultos que são inseridos sem o seu consentimento.

Além disso, é comum que dados pessoais desses servidores sejam compartilhados ou até vendidos entre instituições, o que facilita abordagens abusivas. Frequentemente, quando um servidor está prestes a quitar um empréstimo, já recebe ligações oferecendo novas oportunidades de crédito. Esse tipo de vazamento de dados é ilegal e fere a Lei Geral de Proteção deDados (LGPD), que proíbe a comercialização e o compartilhamento de informações pessoais sem consentimento. Empresas que violam essa lei podem ser multadas severamente e responder civil e penalmente.

Nesse cenário, muitos servidores se sentem expostos e inseguros. Ter informações como CPF, telefone, local de trabalho e salário circulando entre instituições é uma grave invasão de privacidade. A remuneração é algo pessoal, e não pode ser tratada como dado público apenas porque alguém é servidor. Por isso, é fundamental que vítimas desse tipo de abordagem gravem as ofertas recebidas e procurem orientação jurídica para buscar indenizações por danos morais e materiais.

Policial e Pensionistas são reféns do sistema

Outro ponto importante é a falsa ideia de que o servidor contrata empréstimos consignados por vontade própria. Na verdade, muitos recorrem a esse tipo de crédito por pura necessidade, diante de salários baixos e do alto custo de vida. Muitas vezes, o policial ou servidor não tem margem financeira nem para despesas básicas, como alimentação ou educação dos filhos, e acaba sendo compelido a buscar empréstimos para sobreviver. Esse estado de vulnerabilidade pode ser considerado na Justiça como fator para revisão de contratos e até anulação de dívidas abusivas.


Além da necessidade, há ainda práticas ilegais como a venda casada de seguros e a cobrança de juros acima do permitido pelo Banco Central. O servidor pode e deve procurar um advogado para analisar se o contrato está dentro da legalidade, se houve cobrança de juros abusivos ou inclusão de produtos não solicitados. Caso sejam identificadas irregularidades, é possível ingressar com ação judicial para revisão do contrato e até mesmo pedir indenização.

É fundamental que os servidores estejam atentos aos seus direitos e não aceitem práticas abusivas como normais. A orientação jurídica especializada é essencial para garantir que contratos consignados sejam justos e transparentes. O combate à máfia do consignado depende da informação, da denúncia e da atuação firme da Justiça para proteger quem já enfrenta tantas dificuldades no dia a dia.

Dr Tiago Mercês atende pelo WhatsApp: (11) 3283-2626

24 abril 2025

Aumentos diferentes entre Polícias não agradou categorias. Policia civil sai fortalecida, mas a PM...

O governo da Bahia encaminhou à AssembleiaLegislativa uma proposta de aumento salarial diferenciado para as carreiras policiais no estado. Essa medida visa corrigir distorções históricas e valorizar funções específicas dentro das forças de segurança. No entanto, a proposta gerou um intenso debate entre as categorias de segurança pública, destacando-se a insatisfação de alguns segmentos com os percentuais de reajuste oferecidos.

A Proposta de aumento

A proposta prevê reajustes escalonados até 2026, com percentuais distintos para diferentes categorias. Praças e oficiais da Polícia Militar e Bombeiros receberão um aumento de 14,76%, enquanto delegados e peritos da Polícia Civil terão um reajuste de 14%. Investigadores, escrivães e peritos técnicos da Polícia Civil serão beneficiados com um aumento de 22%, e agentes penitenciários receberão 13,29%. Essa diferenciação foi justificada pelo governo como uma forma de corrigir desigualdades passadas e valorizar funções específicas.


Durante o processo de negociação, associações como a ForçaInvicta (oficiais) e a APPM (praças) participaram ativamente das tratativas com o governo. O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC) também teve um papel importante nas discussões. As entidades foram ouvidas em diversas rodadas de negociação, e a proposta final foi submetida à avaliação dos associados antes de ser oficialmente respondida ao Executivo.

Críticas e insatisfação

Apesar do reconhecimento da participação das entidades, houve críticas de parte das bases quanto à condução das negociações. Alguns membros acusaram os sindicatos civis de terem uma postura excessivamente conciliadora com o governo. A insatisfação é mais acentuada entre os militares estaduais, que expressaram descontentamento com o percentual recebido, alegando quebra de isonomia em relação a outras carreiras.


Consenso e avanços

Há um consenso entre as partes sobre a necessidade de valorização das carreiras policiais e a importância de avanços salariais após anos de defasagem. Tanto o governo quanto as entidades representativas destacaram que o reajuste representa um marco histórico, com ganhos reais para as categorias e perspectivas de melhorias em outros aspectos, como promoções, gratificações e condições de trabalho. O compromisso de manter mesas permanentes de negociação também foi celebrado como um avanço institucional.

Tensões Internas

O dissenso é marcante quanto à forma diferenciada do reajuste. Muitos militares estaduais expressaram insatisfação com o percentual recebido, comparando-se desfavoravelmente a outras carreiras, especialmente diante do reajuste maior para investigadores, escrivães e peritos técnicos da Polícia Civil. A percepção de que promoções e gratificações não substituem a valorização salarial direta alimenta o clima de descontentamento.

Reações dos Policiais Civis

Entre os policiais civis, apesar da aprovação da proposta em assembleia, houve votos contrários e exigências de continuidade do diálogo para tratar de outras pautas pendentes. Isso indica que, embora haja um reconhecimento dos avanços, ainda há demandas não atendidas que precisam ser discutidas.

Em síntese, a proposta de aumento diferenciado avança no reconhecimento da importância das forças de segurança, mas evidencia tensões internas sobre critérios de distribuição e o ritmo das conquistas. O processo de negociação envolveu as principais associações e sindicatos, que participaram formalmente das discussões, embora nem todos os segmentos se sintam plenamente contemplados ou representados no resultado final. A continuidade do diálogo e a busca por soluções que atendam às demandas de todas as categorias serão fundamentais para superar as atuais insatisfações e promover uma maior coesão entre as forças de segurança no estado da Bahia.

 

Tarifas de Trump podem impactar nas economias de militares e policiais brasileiros, entenda o porquê disso!

A política tarifária de Donald Trump, marcada pelo aumento expressivo das tarifas sobre produtos chineses, tem causado impactos globais que afetam diretamente a economia brasileira. Mesmo que o Brasil não seja o principal alvo dessas tarifas, a instabilidade nos mercados internacionais, a valorização do dólar e a elevação da inflação acabam atingindo o bolso das famílias brasileiras, tornando produtos importados e insumos mais caros.












Para militares e policiais, que em geral possuem salários fixos e pertencem à classe média baixa, o aumento dos preços de itens essenciais, como alimentos, combustíveis e eletrônicos, pesa ainda mais no orçamento

Como a inflação costuma afetar de forma mais intensa as famílias de renda média e baixa, esses profissionais sentem de maneira mais aguda os efeitos negativos do encarecimento do custo de vida, especialmente em um cenário de restrições salariais frequentes no setor público.

Além disso, a guerra comercial pode prejudicar a indústria nacional, já que produtos chineses barrados nos Estados Unidos podem ser direcionados para o Brasil, aumentando a concorrência e pressionando o emprego e a renda. Por outro lado, setores como o agronegócio podem se beneficiar, mas esses ganhos não se distribuem igualmente entre todas as famílias brasileiras, especialmente as policiais e militares.

A política de tarifas de Trump gera um ambiente de incerteza econômica, inflação e retração do consumo, afetando especialmente militares e policiais, que dependem de estabilidade para manter seu padrão de vida. O resultado é maior cautela nos gastos e dificuldades para equilibrar o orçamento familiar diante das pressões externas sobre a economia.

Fraudes no pagamento do INSS a aposentados e pensionistas é alarmante, ilícitos podem ocorrer para Policiais, Inativos e Pensionistas

A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril de 2025 pela PF e pela CGU, revelou um esquema de fraudes bilionárias envolvendo descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões pagas pelo INSS. O foco da investigação está em sindicatos e associações que, sem consentimento dos beneficiários, realizavam descontos mensais diretamente na folha de pagamento, apropriando-se de valores que deveriam ser destinados aos aposentados e pensionistas.

Segundo a CGU, cerca de seis milhões de pessoas foram vítimas dessas cobranças entre 2019 e 2024, com prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões. As entidades envolvidas firmavam Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) com o INSS, o que permitia o desconto em folha, mas em mais de 97% dos casos investigados os beneficiários afirmaram nunca ter autorizado tais descontos. O esquema envolvia, ainda, falsificação de assinaturas e ausência de documentação obrigatória para a efetivação dos descontos.



Investigação não poupou peixes graúdos

A investigação identificou que muitas dessas entidades não tinham sequer estrutura operacional para prestar os serviços prometidos, como assistência jurídica, descontos em academias ou planos de saúde. Em 70% das entidades analisadas, a documentação exigida pelo INSS não foi entregue, mas mesmo assim os descontos eram realizados, evidenciando falhas graves nos mecanismos de controle e fiscalização do órgão.

Como resposta imediata, a CGU suspendeu todos os convênios com as associações investigadas e determinou o bloqueio dos descontos, além de recomendar que os beneficiários consultem o extrato do INSS e solicitem a exclusão de qualquer débito não autorizado. O presidente do INSS foi afastado e posteriormente demitido, e servidores públicos estão sendo investigados por envolvimento no esquema.

A análise sobre a possibilidade de fraudes semelhantes atingirem inativos e pensionistas do serviço público é pertinente. Embora a operação atual se concentre nos benefícios pagos pelo INSS, o mecanismo de fraude — descontos associativos em folha sem autorização — pode ser replicado em regimes próprios de previdência, como os de servidores públicos. Em geral, tanto o INSS quanto regimes próprios (RPPS) permitem descontos em folha mediante convênios com entidades representativas, desde que haja autorização expressa do beneficiário. Se houver fragilidade na verificação dessas autorizações ou falhas de controle, o risco de fraudes semelhantes é real.

No caso dos regimes próprios, como os de servidores federais, estaduais e municipais, a legislação também exige autorização formal para descontos associativos. No entanto, a experiência do INSS mostra que a ausência de fiscalização rigorosa e o volume de beneficiários podem facilitar a ocorrência de fraudes, principalmente quando há envolvimento de entidades de classe e sindicatos. Assim, inativos e pensionistas do serviço público estão potencialmente expostos ao mesmo tipo de golpe, caso os órgãos responsáveis não adotem mecanismos de controle mais rígidos e auditorias frequentes.

A operação evidencia a vulnerabilidade dos sistemas de descontos em folha, tanto no INSS quanto em outros regimes previdenciários, e reforça a necessidade de transparência, fiscalização e canais acessíveis para que os beneficiários possam contestar cobranças indevidas. O caso serve de alerta para que órgãos de previdência pública revisem seus procedimentos e fortaleçam os mecanismos de autorização e controle, protegendo aposentados e pensionistas de práticas abusivas e fraudulentas.

Por fim, a recomendação é que todos os beneficiários — tanto do INSS quanto de regimes próprios — verifiquem regularmente seus extratos de pagamento, denunciem descontos não reconhecidos e exijam esclarecimentos das entidades e dos órgãos pagadores. A atuação das autoridades no combate à fraude é fundamental, mas a vigilância dos próprios beneficiários é uma camada adicional de proteção contra esquemas que, como demonstrado, podem atingir milhões de pessoas em todo o país.


23 abril 2025

Estado quer que PMs "esqueçam" R$ 20 mil, mas advogado traz à luz o processo

A entrevista do advogado Dr. Tiago Mercês ao canal Segurança e Defesa TV, conduzida por Rodney Idankas, trouxe informações essenciais para policiais militares, bombeiros e pensionistas do Estado de São Paulo sobre a chamada ação “Alezinho”. Segundo Dr. Tiago, a Alezinho é uma ação de cobrança referente a valores devidos pelo Estado no período anterior ao Mandado de Segurança impetrado em 15 de junho de 2014, que não puderam ser contemplados por limitações legais daquela medida judicial.

O advogado explicou que a legislação relevante entrou em vigor em junho de 2013, mas o Mandado de Segurança não conseguiu alcançar retroativamente as verbas devidas antes de sua impetração. Por isso, a Alezinho busca garantir o pagamento desses valores, beneficiando diretamente os servidores que ingressaram na corporação antes de março de 2013, bem como inativos e pensionistas que se enquadrem nos critérios estabelecidos.


Dr. Tiago destacou a urgência do tema: o prazo para ingressar com a ação de cobrança prescreve em 5 de outubro de 2025. Após essa data, não será mais possível reivindicar judicialmente esses valores, pois tanto o Tribunal de Justiça quanto a Procuradoria Geral do Estado (PGE) deverão alegar a prescrição como defesa, inviabilizando o direito dos interessados.

Outro ponto abordado foi a natureza incontroversa da ação. O mérito já foi reconhecido pelo Tribunal de Justiça em decisões anteriores, que declararam a ilegalidade da absorção do ALE (Adicional de Local de Exercício) pelo Estado de São Paulo, consolidando o entendimento de que houve erro na forma de incorporação desse adicional. Assim, a ação Alezinho não discute mais a existência do direito, apenas busca a cobrança dos valores devidos.

A Alezinho é uma ação autônoma, não vinculada a associações ou ao Mandado de Segurança de 2014, e tramita pelo Juizado Especial da Fazenda Pública, o que garante maior celeridade ao processo. O valor máximo de cada ação é de até 40 salários mínimos, com média de pagamento em torno de R$ 15 mil, normalmente quitados via Requisição de Pequeno Valor (RPV), o que assegura pagamento em até 90 dias após a expedição do requisitório.

Por fim, Dr. Tiago ressaltou que o universo de beneficiários é amplo, incluindo policiais ativos, inativos, pensionistas e até ex-servidores que ingressaram antes de março de 2013. Ele enfatizou a importância de pensionistas buscarem orientação, já que muitas vezes não têm acesso fácil à informação nos quartéis. O atendimento pode ser feito presencialmente, por telefone ou videoconferência, facilitando o acesso de todos os interessados à justiça e à informação correta sobre seus direitos.


Dr Tiago Mercês atende pelo WhatsApp: (11) 3283-2626


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Praças são membros da Polícia Militar: Coronel PM Pistori defende reconhecimento e união na Corporação

Em recente entrevista ao canal Segurança e Defesa TV, o coronel Pistori, presidente da Defenda PM, destacou a importância dos Praças dentro da Polícia Militar. Segundo Pistori, existe uma percepção equivocada sobre o papel desses profissionais, que muitas vezes são subestimados ou desconsiderados como membros plenos da instituição. Ele ressaltou que os Praças desempenham atividades essenciais, estando na linha de frente do policiamento ostensivo, garantindo a segurança da população e a ordem pública. O coronel enfatizou que sem as Praças, a atuação da PM seria inviável, pois são eles que constroem o elo direto entre a corporação e o cidadão.

Fundamento da Hierarquia e Disciplina Militar

De acordo com Pistori, a hierarquia e a disciplina, características marcantes das corporações militares, são fortalecidas pela atuação conjunta entre Oficiais e Praças. Ele lembrou que todo o funcionamento da Polícia Militar depende do respeito entre os diferentes cargos, especialmente por parte dos Praças, que constituem a maior parcela do efetivo. O coronel reforçou que os Praças são guardiões da ordem, executando ordens e instruções com profissionalismo e bravura. Pistori pontuou que reconhecer esse papel é fundamental para valorizar a carreira militar e motivar todo o efetivo.

Durante a entrevista, Pistori criticou a existência de preconceitos históricos com relação aos Praças. Ele afirmou que a sociedade e até mesmo outros membros da Polícia Militar precisam superar visões ultrapassadas, que enxergam os Praças apenas como executores de tarefas. O presidente da Defenda PM defendeu que Praças possuem formação específica, conhecimento técnico e experiência operacional que enriquecem a instituição. Para ele, combater a desinformação é um passo essencial para garantir mais respeito e união dentro do ambiente militar, aproximando Praças e oficiais em torno de objetivos comuns.


Valorização Profissional dos Praças

O coronel Pistori também destacou a necessidade de promover políticas de valorização profissional para os Praças da Polícia Militar. Segundo ele, investimentos em capacitação, melhores condições de trabalho e reconhecimento financeiro são estratégicos para manter a motivação e a eficiência dos servidores. Pistori acrescentou que a Defenda PM trabalha ativamente para impulsionar projetos que promovam a ascensão na carreira e ampliem o diálogo entre diferentes postos. Ele acredita que a valorização dos Praças reflete diretamente na qualidade do serviço prestado à sociedade.

Na visão de Pistori, a união entre oficiais e Praças eleva o padrão da segurança pública e fortalece a confiança da população na Polícia Militar. Ele mencionou casos de sucesso em que a atuação coordenada dos diferentes segmentos da corporação resultou em operações eficazes contra o crime. O coronel destacou que, quando todos se reconhecem como partes integrantes da mesma missão, o ambiente interno se torna mais colaborativo e produtivo. Dessa forma, o trabalho da Polícia Militar é potencializado, trazendo benefícios imediatos para a segurança da comunidade.

Exemplos Práticos e Reconhecimento

O coronel Pistori compartilhou exemplos práticos de Praças que se destacaram em ações operacionais e de liderança, evidenciando o potencial desses profissionais. Ele ressaltou a importância de divulgar essas histórias de sucesso para inspirar novos membros e fortalecer a autoimagem dos Praças. Além disso, defendeu a criação de programas de reconhecimento e premiação voltados especificamente para Praças, como forma de valorizar o mérito e a dedicação desses policiais. O reconhecimento público, segundo Pistori, é um fator motivacional poderoso.

Apesar dos avanços conquistados, Pistori reconheceu que ainda existem desafios a serem superados, como barreiras institucionais e culturais. Ele acredita que a abertura para o diálogo e o investimento em formação continuada são caminhos essenciais para modernizar as Polícias Militares. O líder da Defenda PM afirmou que está otimista quanto ao futuro, especialmente devido ao interesse crescente da sociedade em conhecer melhor o trabalho dos Praças. Pistori defende que o fortalecimento da identidade coletiva é fundamental para enfrentar os desafios da segurança no Brasil.

A Importância do Discurso de Inclusão

O coronel Pistori enfatizou que a mensagem de inclusão é vital na construção de uma Polícia Militar forte e respeitada. Ele destacou que o sentimento de pertencimento motiva os Praças e amplia o compromisso de todos com a missão institucional. Pistori fez um apelo aos gestores e lideranças para que adotem práticas de gestão mais humanizadas e participativas, reconhecendo o valor de cada integrante. Para ele, uma PM unida e integrada está mais preparada para proteger a sociedade e manter a ordem.

O posicionamento do coronel Pistori reforça a necessidade de construir uma cultura de respeito e valorização dos Praças na Polícia Militar. Ao reconhecer que esses profissionais são, de fato, membros fundamentais da corporação, amplia-se a capacidade de resposta e a eficiência da segurança pública. Investir em formação, reconhecimento e diálogo entre todos os níveis hierárquicos são caminhos para uma Polícia Militar mais justa, forte e integrada. A mensagem é clara: Praças são Polícia Militar e devem ser tratados como tal, com orgulho e respeito.


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Como funciona a recomposição salarial dos Policiais e Pensionistas: entenda seus direitos

 O que é recomposição salarial e por que ela é importante

A recomposição salarial dos policiais é um direito garantido pela Constituição Federal, no artigo 37, inciso 10. Ela serve para preservar o poder de compra dos servidores diante da inflação. No entanto, esse reajuste não é automático: depende de lei específica e da situação financeira do Estado. O objetivo da recomposição é evitar que os salários fiquem defasados com o passar do tempo, garantindo que policiais ativos, inativos e pensionistas mantenham seu padrão de vida mesmo diante do aumento dos preço.

O rito da recomposição salarial começa com a iniciativa exclusiva do chefe do Poder Executivo. No caso de São Paulo, apenas o governador pode propor um projeto de lei para reajustar os salários dos policiais. Projetos apresentados por deputados ou outros poderes são considerados inconstitucionais e não prosperam, conforme entendimento consolidado do STF, inclusive na ADI 5562. Após a proposta do governador, o texto segue para aprovação na Assembleia Legislativa (ALESP), onde pode ser debatido e votado.

Data-base, índices e desafios práticos

Em São Paulo, a data-base para análise do reajuste dos servidores da segurança pública é março, conforme a legislação estadual. Isso não significa que basta aplicar o índice da inflação do período; a recomposição depende do orçamento disponível e de negociações políticas. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada ficou em torno de 5 a 6%, mas há discussões sobre considerar períodos maiores quando não há recomposição anual, podendo chegar a cerca de 11% ao somar dois anos sem reajuste. O rito também prevê que diferentes categorias dentro das polícias podem receber índices distintos, buscando corrigir distorções passadas.

As associações representativas e sindicatos têm papel fundamental no processo, pois atuam na negociação e pressão junto ao governo e aos parlamentares. No caso da Polícia Militar, por exemplo, essas entidades buscam garantir que a recomposição seja justa e contemple todas as patentes, evitando que algumas categorias fiquem para trás. O diálogo com o Executivo e o Legislativo é constante, reforçando a necessidade de mobilização da categoria para que o reajuste seja efetivado e respeite as necessidades dos policiais.


Diferença entre recomposição e aumento salarial

É importante diferenciar recomposição salarial de aumento real. A recomposição visa apenas repor as perdas inflacionárias, enquanto o aumento real eleva o salário acima da inflação, valorizando ainda mais a carreira policial. A Constituição prevê a recomposição anual, mas o aumento real depende de decisão política e disponibilidade orçamentária. Em São Paulo, por exemplo, nem sempre a recomposição ocorre todos os anos, o que pode gerar acúmulo de defasagem e insatisfação entre os policiais.


Tarcísio de Freitas - Chefe do Poder Executivo SP

A falta de recomposição adequada afeta diretamente a motivação e a permanência dos policiais na carreira. Salários defasados desestimulam novos ingressos e levam muitos profissionais a buscarem outras oportunidades. Por isso, a recomposição é vista como uma medida de valorização e reconhecimento do trabalho dos policiais, essenciais para a segurança pública. Além disso, o reajuste impacta também aposentados e pensionistas, que dependem desse direito para manter sua renda e qualidade de vida.

O que diz a jurisprudência do STF

O Supremo Tribunal Federal já consolidou que apenas o chefe do Executivo pode propor leis de reajuste salarial para servidores de seu poder. Tentativas de reajuste por iniciativa de deputados ou outros poderes são consideradas inconstitucionais e anuladas. Esse entendimento garante a segurança jurídica do processo, mas também exige que os policiais e suas entidades estejam atentos à origem dos projetos de lei, evitando falsas expectativas criadas por propostas inviáveis.

Para garantir que seus direitos sejam respeitados, policiais devem acompanhar de perto as discussões sobre recomposição salarial, participar de associações e sindicatos, e pressionar autoridades por meio de manifestações e canais oficiais. É fundamental também que a sociedade entenda a importância da valorização dos profissionais de segurança, pois salários dignos refletem diretamente na qualidade do serviço prestado. Comentários e participação em debates públicos ajudam a dar visibilidade ao tema e influenciar decisões políticas.

Transparência e mobilização são essenciais

O rito da recomposição salarial dos policiais é um processo técnico e político, que exige atenção à legalidade, articulação das entidades de classe e acompanhamento da sociedade. A transparência nas informações e a mobilização coletiva são essenciais para que o reajuste seja efetivado de forma justa e eficiente. Fique atento às datas, acompanhe as propostas e participe dos debates, pois a valorização dos policiais é fundamental para a segurança de todos.

Perito Criminal é demitido após falsificar laudo por R$ 3 Mil: a importância da ética na Polícia Científica

 O caso que chocou a segurança pública

O Canal Segurança e Defesa TV, apresentado por Rodney Idankas, trouxe à tona um caso que abalou a confiança na perícia criminal do Estado de São Paulo. Um perito criminal, servidor concursado com alto grau de responsabilidade, foi demitido pelo governador Tarcísio de Freitas após ser descoberto que falsificou um laudo pericial em troca de R$ 3 mil. O laudo fraudado visava favorecer um suspeito de assassinato, colocando em risco todo o processo judicial e a busca por justiça.


A função do perito criminal é fundamental para a elucidação de crimes. Ele atua como policial civil e precisa ter formação superior, além de passar por um rigoroso concurso público. O salário inicial já é considerado alto, podendo ultrapassar R$ 15 mil, chegando a mais de R$ 25 mil ao longo da carreira. Por isso, a decisão de se envolver em corrupção por um valor relativamente baixo surpreende e revolta a sociedade.

O caso ocorreu em Nova Granada, interior de São Paulo, e envolveu a falsificação de um laudo balístico. O perito e um colega aceitaram o serviço do irmão do réu, que buscava inocentar o familiar. Para isso, falsificaram a assinatura de outro perito, criando um documento que confrontava o laudo oficial do Instituto de Criminalística. A fraude só foi descoberta quando o perito, cuja assinatura foi falsificada, foi chamado para depor e negou qualquer envolvimento com o laudo.

Consequências e lições para a categoria

A descoberta levou a uma investigação da Polícia Civil, que confirmou o esquema. O perito foi denunciado por improbidade administrativa e falsificação de documentos, resultando na perda do cargo público e condenação criminal. O processo passou por várias instâncias, chegando até o STF, que manteve a decisão de demissão. Paralelamente, o perito foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado.


Casos como esse não são isolados e mostram a necessidade de rigor na fiscalização e punição de servidores públicos que desviam de suas funções. A credibilidade da perícia é essencial para o funcionamento da Justiça. Quando um perito falsifica um laudo, pode influenciar diretamente o resultado de um julgamento, prejudicando inocentes ou beneficiando criminosos.

A reportagem destaca ainda a postura firme do governo estadual em não tolerar corrupção entre policiais, sejam eles civis, militares ou da polícia científica. A demissão de um perito é uma medida extrema, mas necessária para preservar a confiança da sociedade nas instituições de segurança pública.

Por fim, o caso serve de alerta para quem deseja seguir carreira na polícia científica. Além de conhecimento técnico, é preciso ter ética e responsabilidade. A sociedade espera que seus servidores ajam com integridade, pois deles depende a verdade dos fatos e a justiça para todos.


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22 abril 2025

Major Luigi: a voz dos Policiais Inativos e Pensionistas do RJ em busca de justiça

 A luta pela “GRAM” e a mobilização dos veteranos

O Canal Segurança e Defesa TV, por meio do podcaster RodneyIdankas, trouxe ao público uma entrevista esclarecedora com o Major PM Luigi, figura reconhecida pela defesa incansável dos direitos dos policiais militares inativos e pensionistas do Rio de Janeiro. Major Luigi explicou que sua atuação se concentra em três frentes principais: a questão da “GRAM” (Gratificação de Risco de Atividade), a contribuição militar e o acompanhamento dos processos judiciais relacionados a esses temas.

Segundo o Major, a “GRAM” é vista como a locomotiva dessas lutas, mas a contribuição militar é um “vagão” que vem logo atrás, pois ambas as questões estão interligadas e tramitam no Tribunal de Contas do Estado doRio de Janeiro (TCE-RJ). Além disso, há casos na Justiça em que veteranos conseguiram decisões favoráveis para receber a gratificação, embora o Estado recorra frequentemente, tentando levar os processos até instâncias superiores como o STF e o STJ.

Major Luigi destacou a importância da fiscalização e do direito de denúncia por parte dos servidores públicos. Ele relatou que enfrentou resistência e ataques pessoais ao apresentar denúncias no TCE, mas ressaltou que qualquer cidadão tem o direito de questionar e exigir transparência do órgão fiscalizador. O Major afirmou que, apesar das tentativas de desqualificação e das acusações infundadas, suas denúncias foram acolhidas e estão sendo apuradas, mostrando que o processo democrático e legal está sendo respeitado.

Desafios, ataques e a necessidade de união

Durante a entrevista, ficou claro que a luta pelos direitos dos veteranos e pensionistas não é fácil. Major Luigi relatou ataques de “milícias digitais” e haters, que tentam descredibilizar seu trabalho e criar obstáculos à mobilização da categoria. Mesmo diante dessas adversidades, ele se mantém firme, reforçando a importância de combater a desinformação com fatos e transparência.

Outro ponto abordado foi a recomposição salarial dos policiais e pensionistas, tema que também enfrenta resistência política e burocrática. O Major criticou a tentativa de dividir a recomposição em parcelas pequenas e longas, o que, segundo ele, não atende às necessidades reais dos profissionais da segurança pública, muitos dos quais enfrentam dificuldades financeiras graves.



Major Luigi enfatizou que a politização das pautas de gratificação e recomposição salarial só atrapalha a busca por soluções efetivas. Ele defendeu que a luta deve ser pelo direito e pela dignidade dos veteranos, e não por interesses eleitorais ou pessoais. Para isso, busca apoio de entidades de classe, partidos e da própria tropa, sempre com o objetivo de garantir justiça e respeito aos que serviram ao Estado.

O canal Segurança e Defesa TV e o próprio Major Luigi convidaram todos os interessados a participarem dos grupos de apoio e a se manterem informados, pois só com união e mobilização será possível pressionar as autoridades e conquistar avanços. A recomendação é clara: inscrever-se nos canais, participar dos grupos e apoiar a causa é fundamental para fortalecer a luta coletiva.

Por fim, o Major reforçou que, apesar dos desafios e da lentidão dos processos, não vai recuar. Ele acredita que, com perseverança e fiscalização, será possível garantir o pagamento correto da “GRAM” e o fim das cobranças indevidas de contribuição militar, beneficiando milhares de famílias de policiais inativos e pensionistas do Rio de Janeiro.

 

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Juiz Militar defende o avanço das Guardas Municipais rumo à Polícia Municipal

A fala do juiz e professor Dr. Roth , durante evento de segurança em São Paulo, reforçou uma pauta cada vez mais presente entre profissionai...