Acompanhe mais um relato autêntico aqui no SDTV Podcast, onde o convidado, conhecido como Demolidor, abre o jogo sobre sua trajetória até ingressar na Polícia Militar e os bastidores dessa carreira tão admirada quanto sofrida. Ele relembra que só entrou na polícia aos 30 anos, após servir em um destacamento do Exército em 1995 e enfrentar diversas barreiras para realizar a prova, que na época só era feita em São Paulo, diferente do processo descentralizado dos concursos atuais.
Demolidor conta que sua entrada na PM não foi movida apenas por salário, mas por vocação. Ele chegou a trabalhar na antiga Febem, onde ganhava mais fazendo horas extras, mas decidiu seguir o chamado interno pela farda. Segundo ele, “entrei por vocação, a polícia está no meu sangue”. Mesmo fora da corporação, afirma com firmeza: "Eu não estou na polícia, mas sempre serei polícia".
Durante a conversa no SDTV Podcast, surgem críticas contundentes à atual situação da Polícia Militar, principalmente em relação ao desânimo da tropa e ao número crescente de baixas, tanto de praças quanto de oficiais. Para Demolidor, o salário defasado, a falta de reconhecimento e a perseguição dentro da hierarquia têm levado muitos a desistirem da carreira. "Oficiais e praças estão pedindo baixa. O policial de hoje olha o relógio e espera o fim do plantão, diferente do espírito de missão de antigamente".
O episódio também aborda os vícios do militarismo, como o uso da avocação de forma pessoal. Ele revela um caso em que um tenente-coronel mandou puni-lo, e depois, já como coronel, reassumiu o mesmo processo como última instância e confirmou a própria decisão anterior. “É ilegal, ele mesmo deveria ter se declarado suspeito. Mas a ânsia de me punir falou mais alto”, conta.
Apesar das experiências duras, Demolidor nunca falou mal da instituição Polícia Militar. “A PM é maravilhosa. O problema está em algumas pessoas que mancham o nome dela. Se um dia eu falar mal da PM, pode me cobrar. Eu não falo mal da polícia, eu falo de pessoas”, destaca. Ele encerra o relato reforçando seu amor à farda e seu compromisso com a verdade, deixando claro que a luta por justiça interna também faz parte do juramento feito ao vestir a farda.
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