No episódio mais recente do SDTV Podcast, abordamos um tema sensível e estratégico para a formação das futuras gerações: o papel do modelo de escola cívico-militar e sua viabilidade em municípios menores. A conversa girou em torno da possibilidade de pensionistas e agentes de segurança levarem essa proposta diretamente aos secretários municipais de educação. Como foi dito, não há impedimento legal — nem na legislação federal. O foco é entender os ganhos pedagógicos e sociais reais que esse modelo pode proporcionar para crianças e adolescentes.
O coronel entrevistado explicou com propriedade que, em média, um professor perde até 35% do tempo de aula controlando a sala, organizando os alunos, fazendo chamada e colocando ordem no ambiente. Em contraste, no modelo cívico-militar, os alunos levantam-se com a entrada do professor, há uma apresentação formal da turma, e a aula já começa com foco e respeito. Esse controle inicial, que pode parecer apenas um detalhe cerimonial, representa uma valiosa economia de tempo e um aumento expressivo no rendimento pedagógico.
Mas o diferencial vai além da disciplina. Entramos na esfera da neurociência aplicada à educação. O coronel, com formação em psicologia e especialização em neurociência, destacou o desenvolvimento da função executiva do cérebro durante a fase escolar — um processo que engloba foco, atenção e o chamado controle inibitório, ou seja, a capacidade de refletir antes de agir. Isso é essencial para a formação de cidadãos conscientes, respeitosos e preparados para os desafios da vida adulta.
Esse modelo pedagógico também atua como fator de proteção social. Com a formação de valores como respeito à autoridade, senso de responsabilidade e disciplina, evita-se o alastramento de problemas graves como o bullying extremo e até desafios mortais que têm circulado nas redes sociais, especialmente entre jovens vulneráveis. O ambiente cívico-militar promove uma cultura de ordem e acolhimento, especialmente valiosa para filhos de agentes de segurança, que muitas vezes estão mais expostos a riscos.
A conversa também tocou em aspectos práticos. O modelo desenvolvido pelo coronel e sua equipe pode ser exportado para qualquer estado do Brasil por meio da Associação Defenda PM. A proposta já foi implantada com sucesso em diversas localidades, e pode ser adaptada até mesmo para escolas rurais, desde que haja o interesse da comunidade local. Mães, pais e pensionistas que desejem levar essa proposta ao seu município podem entrar em contato com a Defenda PM diretamente.
Foi reforçado que esse modelo não é autoritário, mas sim estruturado, baseado em valores e reforço positivo. Como o apresentador destacou, ele mesmo se formou em escola pública e, ao seguir um modelo funcional de repetição e disciplina, conseguiu conquistar quatro graduações e diversas pós-graduações. O sucesso, segundo ele, não está ligado ao dinheiro, mas à capacidade de se tornar uma pessoa funcional e integrada à sociedade.
Por fim, o SDTV Podcast faz um convite: se você é pai, mãe, avô, tia ou apenas alguém preocupado com o futuro das crianças da sua comunidade, entre em contato com a equipe da Defenda PM. O modelo pode ser implantado em sua cidade. Basta ter vontade, união e foco em oferecer um ensino de qualidade, com base em valores éticos, cívicos e familiares.
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