No papo reto com o ex-PM conhecido como “Demolidor” no SDTV Podcast, veio à tona a pergunta direta: os oficiais apoiam ou não? Ele deixou claro que, apesar de muitos não se manifestarem publicamente, nos bastidores o apoio existe. O problema é o medo de represálias e de prejudicar futuras promoções. Já entre as praças, o apoio é mais visível e crescente, refletindo confiança no discurso dele.
Demolidor destacou que sofre preconceito pela sua aparência e pelo fato de ser influenciador. Muitos julgam antes de ouvir. Mas acredita que sua comunicação clara e presença nas redes poderiam ser úteis à Polícia Militar, principalmente no policiamento comunitário, que está cada vez mais fragilizado e perdendo espaço para a GCM.
Segundo ele, há uma resistência de oficiais da alta patente em aceitar o crescimento da polícia municipal, pois temem que ela ocupe o espaço da PM. A mudança de nomenclatura de GCM para polícia municipal foi barrada por pressão interna, justamente por causa desse receio. E a verdade, segundo ele, é que esse avanço é inevitável.
Demolidor criticou a politização da PM, afirmando que tudo hoje gira em torno de imagem e mídia. Relatou uma ocorrência em que reagiu a um assalto, alvejou criminosos e só não foi preso porque a mídia ficou do lado dele. Para ele, se a imprensa estivesse contra, teria sido recolhido imediatamente, mesmo sem prova.
Em outro trecho, Demolidor contou sobre uma ocorrência em que conduziu um menor de 11 anos envolvido com tráfico, com todos os cuidados legais, sem algemas e respeitando os protocolos. Por esse trabalho correto e eficaz, foi reconhecido como policial do mês. Um exemplo de como ainda se pode agir com firmeza e dentro da lei.
Sobre a escolha entre PM e GCM hoje, ele não hesita: seu sonho sempre foi ser PM. Mas reconhece que a GCM está ganhando mais espaço justamente por ser menos politizada e mais operacional. Segundo ele, a liberdade de ação da polícia municipal a coloca em vantagem no cenário atual.
Encerrando, reforçou que o policial continua sendo a ponta da lança, exposto, vulnerável e muitas vezes abandonado. O sistema, a mídia e a política moldam o destino de quem está na rua, e muitos bons profissionais acabam recolhidos ou afastados por decisões externas, longe da realidade do patrulhamento.
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