06 junho 2025

Proibir para Proteger: A Coragem de um Comandante Contra Acidentes com Policiais

Sim, esse problema também é nosso. Essa é a mensagem que ecoa dentro da comunidade policial, especialmente aqui no canal Segurança e Defesa TV, apresentado por Rodney Idankas. A preocupação parte de um ponto sensível: o número crescente de acidentes envolvendo policiais militares que se deslocam de moto, seja indo para o serviço ou voltando para casa. O comandante-geral da Polícia Militar de Alagoas, coronel Paulo Amorim, enviou uma mensagem direta relatando essa situação crítica.

Rodney, que tem experiência no pelotão de motos da PM de São Paulo, confirma o risco cotidiano vivido por esses profissionais. Ele já perdeu amigos e relata que os acidentes com motociclistas policiais não são esporádicos – são constantes. A decisão do coronel Paulo Amorim, de proibir o deslocamento interestadual de PMs em motocicletas, veio após uma tragédia: um policial teve o braço decepado em um acidente ao viajar de outro estado para trabalhar em Alagoas.

A medida gerou críticas ferozes nas redes sociais, sendo classificada por muitos como ilegal ou inconstitucional. No entanto, a decisão do comandante se baseou em um princípio: proteger a vida de seus policiais. Como um pai que cuida dos filhos, ele decidiu agir para prevenir novas tragédias, mesmo contrariando normas estabelecidas. A intenção, claramente expressa em mensagem de WhatsApp, foi de salvar vidas – não de limitar direitos.

Muitos policiais aprovados em concurso para Alagoas continuam residindo na Bahia, Sergipe ou Pernambuco. Sem recursos para arcar com passagens ou veículos mais seguros, a moto se torna o único meio viável. Contudo, esse deslocamento diário de até 150km, aliado a uma jornada de 24h sob alta tensão, representa um risco enorme. A decisão do comandante, mesmo criticada, mostra sensibilidade rara no alto comando da segurança pública.

O podcast reforça a importância de políticas públicas e medidas concretas para amenizar esse quadro: subsídios para transporte, linhas de crédito para aquisição de veículos mais seguros, convênios interestaduais para viabilizar deslocamentos. É hora dos governadores, deputados e secretários de segurança ouvirem esse clamor. A crítica sem ação não resolve; é preciso propor.

A reação contra o comandante nas redes sociais revela o desconhecimento de quem nunca comandou uma tropa, nunca perdeu um colega para um acidente de trânsito, e nunca teve que ir ao velório de um parceiro de farda. A decisão pode não ter respaldo legal pleno, mas tem profundo valor humano e ético. Isso precisa ser reconhecido, discutido com seriedade e não ridicularizado.

Por fim, o episódio é um chamado à ação. Em vez de alimentar a onda de haters e narrativas maliciosas contra a polícia, é hora de apoiar quem tem coragem de proteger vidas, mesmo que isso signifique contrariar o status quo. Segurança pública se faz com liderança, responsabilidade e, acima de tudo, com humanidade. O coronel Paulo Amorim mostrou isso. Cabe a nós, agora, fazer essa mensagem ecoar.


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