O Rio de Janeiro enfrenta uma escalada de violência que ultrapassa o tradicional problema do crime organizado infiltrado nas polícias. Agora, o Comando Vermelho está inserido diretamente no governo estadual, estabelecendo relações claras e próximas com a alta cúpula do poder público.
Um episódio que exemplifica essa conivência foi o furto de armas em um quartel do Exército em Barueri, São Paulo. Dois oficiais do Exército, sem se identificar, entraram no presídio Vicente Pirajá, no Rio, e negociaram com a chefia do Comando Vermelho, junto a membros da Secretaria de Administração Penitenciária. O acordo previa que as armas seriam recuperadas pela polícia militar após aviso prévio ao Comando Vermelho. No dia seguinte, as armas foram encontradas em um carro abandonado no bairro Jacaré-Paguá, sem que ninguém fosse preso.
Além disso, deputados estaduais eleitos com o apoio do Comando Vermelho reforçam a ideia de uma aliança institucionalizada entre o crime e o poder político, o que contribui para a escalada da violência e a dificuldade das autoridades em conter as facções criminosas.
No Rio, o domínio territorial das facções e milícias se estende à exploração de serviços básicos, como venda de gás, transporte de alimentos, água e até serviços clandestinos de internet. Essa prática, antes característica das milícias, foi adotada pelo tráfico e se espalha pelo país, evidenciando a complexidade do problema e a inação dos órgãos públicos diante dessa realidade.
O combate a essas organizações é dificultado pela profundidade da infiltração e pela complexidade das redes criminosas. A prisão de Fernandinho Beiramar, líder do Comando Vermelho e intermediário entre cartéis internacionais, envolveu cooperação internacional, incluindo o governo colombiano e a inteligência dos Estados Unidos, mas mesmo assim sua captura gerou tensões políticas e ameaças constantes.
O SDTV Podcast destaca que o problema não se resume à corrupção policial isolada, mas a uma infiltração sistêmica que envolve desde policiais até governantes, dificultando as ações de segurança. A intervenção militar no Rio, por exemplo, enfrentou resistência e limitações diante dessa complexidade.
Em síntese, a violência no Rio de Janeiro é agravada por uma aliança entre o Comando Vermelho e setores do governo, que permite o domínio territorial das facções e a exploração de serviços pela criminalidade. O SDTV Podcast expõe essa realidade, mostrando que o combate ao crime no estado exige uma ação integrada, transparente e firme contra todas as formas de conivência e corrupção.
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